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Chávez diz que acusações de terrorismo de Israel buscam justificar agressão

Para ele, informações como essas fazem parte do que ele chamou de conspiração contra seu país e o Irã

Chávez: "Foi dito que a rota aérea que temos entre Caracas, Damasco e Teerã é para trazer e levar terroristas, urânio enriquecido, não sei quantas loucuras" (Juan Barreto/AFP)

Chávez: "Foi dito que a rota aérea que temos entre Caracas, Damasco e Teerã é para trazer e levar terroristas, urânio enriquecido, não sei quantas loucuras" (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 20h46.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta terça-feira que as acusações de terrorismo de Israel contra Caracas buscam justificar uma agressão, e afirmou que informações como essas fazem parte do que ele chamou de conspiração contra seu país e o Irã.

'Tudo isso faz parte das tentativas de colocar a Venezuela na lista dos países chamados fugitivos por eles para depois justificar qualquer agressão contra nós', indicou Chávez em entrevista coletiva à imprensa internacional.

O presidente respondeu assim ao ser perguntado por recentes declarações do vice-primeiro-ministro israelense, Moshe Yaalon, que afirmou à Agência Efe em Montevidéu que o Irã está criando, com a conivência da Venezuela, uma 'infraestrutura terrorista' na América Latina para atentar contra os Estados Unidos, Israel e seus aliados.

Chávez disse que desconhecia essas declarações, mas lembrou que várias vezes houve acusações de fora do país sobre supostas células terroristas na Venezuela.

'Foi dito que a rota aérea que temos entre Caracas, Damasco e Teerã é para trazer e levar terroristas, urânio enriquecido, não sei quantas loucuras', afirmou o líder venezuelano.

Segundo ele, até na Colômbia houve quem dissesse que, debaixo de um galpão de bicicletas na Venezuela, estavam sendo fabricadas bombas atômicas. 'Daí surgiu o nome das bicicletas atômicas'.

Ele afirmou que essas acusações fazem parte das conspirações contra o Irã e a Venezuela.

Israel e Venezuela não têm relações diplomáticas desde janeiro de 2009, quando Caracas anunciou a ruptura diante do que chamou de 'gravidade das atrocidades contra o povo palestino' pela ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, quando mais de 1,4 mil palestinos morreram, em sua maioria civis. 

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