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Chanceler peruano renuncia por problema de saúde, diz fonte

Rafael Roncagliolo teria apresentado renúncia por "motivos de saúde" após ter se envolvido em incidentes diplomáticos na Venezuela e no Equador


	Chanceler peruano Rafael Roncagliolo: segundo fonte, pedido de demissão está nas mãos do presidente Ollanta Humala
 (Kevork Djansezian/Getty Images)

Chanceler peruano Rafael Roncagliolo: segundo fonte, pedido de demissão está nas mãos do presidente Ollanta Humala (Kevork Djansezian/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 14h19.

Lima - O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, apresentou sua renúncia por "motivos de saúde", disse nesta quarta-feira uma fonte do governo, após o ministro ter se envolvido em incidentes diplomáticos na Venezuela e no Equador, e a poucas semanas do anúncio do veredicto de uma corte internacional para uma contenda marítima com o Chile.

A fonte, que falou sob condição de anonimato, confirmou à Reuters reportagem publicada inicialmente por um jornal local e acrescentou que o pedido de demissão está nas mãos do presidente Ollanta Humala.

Outra fonte do governo disse à Reuters que Roncagliolo foi operado há alguns meses no Brasil por "um problema cardiovascular" e que agora deve seguir um tratamento e uma dieta especial.

No início de maio, o Peru envolveu-se num incidente diplomático com a Venezuela após declarações do chanceler sobre a situação política venezuelana após a apertada eleição vencida por Nicolás Maduro. O governo de Caracas considerou a posição de Roncagliolo uma ingerência em seus assuntos internos.

Na semana anterior ao incidente do Peru com a Venezuela, o embaixador do Equador Rodrigo Riofrío, que envolveu-se numa acalorada discussão pessoal com duas peruanas em um supermercado de Lima, levou os dois países a retirar seus respectivos embaixadores.

O anúncio não confirmado oficialmente da renúncia de Roncagliolo ocorre também poucas semanas antes da Corte Internacional de Justiça anunciar seu veredicto sobre um pedido do Peru pela ampliação de sua superfície marinha para uma zona controlada atualmente pelo vizinho Chile.

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