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Cerca de 12 mil militares farão segurança nas eleições do Haiti

ONU fará o acompanhamento das urnas e do transporte de material de campanha

Comício da candidata do governo à presidência do Haiti, Mirlande Manigat (Allison Shelley/Getty Images)

Comício da candidata do governo à presidência do Haiti, Mirlande Manigat (Allison Shelley/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 08h26.

Brasília – Pelo menos 12 mil militares, entre policiais e integrantes das Forças Armadas de vários países que atuam na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), vão atuar no segundo turno das eleições, no próximo dia 20. O Conselho Eleitoral Provisório informou que 8.500 militares e 3.500 policiais das Nações Unidas estarão presentes nas principais cidades haitianas.

A iniciativa ocorre depois de a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter advertido sobre a ocorrência de irregularidades no primeiro turno das eleições, em novembro de 2010. A porta-voz da Minustah, Sylvie Van Den Wildenberg, afirmou que os militares darão apoio nas áreas de segurança, logística e assistência técnica ao Conselho Eleitoral Provisório e ao governo do Haiti. O esquema nos centros de votação e apuração será fornecido pelas forças de segurança.

A Minustah e os policiais das Nações Unidas farão o acompanhamento das urnas com as cédulas eleitorais e do transporte de material de campanha. Os militares, em parceria com a Polícia Nacional do Haiti, treinarão os agentes de segurança que vão trabalhar em 1.500 centros de votação.

No próximo dia 20, a ex-primeira-dama Mirlande Manigat – casada com o ex-presidente haitiano Leslie Manigat (1988) e que é de oposição – enfrentará Michel Martelly, um dos músicos mais populares do Haiti, no segundo turno.

No começo deste ano, a Organização dos Estados Americanos (OEA) recomendou ao Conselho Eleitoral Provisório do Haiti mudar a ordem dos candidatos. A sugestão de substituir o governista Jude Célestin por Martelly foi acatada.

A disputa eleitoral no Haiti ocorre no momento em que a sociedade tenta reconstruir o país, devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, que deixou mais de 220 mil mortos. A situação se agravou com a epidemia de cólera que matou mais de 4 mil haitianos. Paralelamente, ex-presidentes do Haiti como Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, e Jean-Bertrand Aristide sinalizam que querem voltar à cena política.

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