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Centenas de nigerianos fogem com medo de extremistas

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 650 mil nigerianos foram forçados a deixar suas casas por conta da chegada de militantes

Refugiados da Nigéria: nigerianos não se sentem protegidos pelas forças militares do governo (Samuel Ini/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 16h26.

Joanesburgo - Centenas de nigerianos fugiram da cidade de Maiduguri, no norte da Nigéria , em razão da aproximação de militantes islâmicos extremistas do grupo Boko Haram, conforme relataram moradores nesta sexta-feira.

A fuga, disseram, é motivada principalmente pelo fato de que as pessoas não se sentem protegidas pelas forças militares do governo.

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Segundo os relatos, soldados do exército têm trabalhado para evacuar suas próprias famílias da cidade desde terça-feira, um dia depois de rebeldes terem realizado um ataque em Bama, a segunda maior cidade da província de Borno, da qual Maiduguri é capital.

Moradores de Bama afirmaram que os militantes chegaram a avisar que o próximo alvo seria Maiduguri.

Nas últimas semanas, o Boko Haram tomou o controle de várias cidades do noroeste da Nigéria, o país mais populoso da África, em uma tentativa de formar uma califado islâmico, o mesmo objetivo do grupo Estado Islâmico, que atua no Iraque e na Síria.

A impressão da população local é que as forças militares nigerianas são incapazes de conter os rebeldes, que ficaram conhecidos internacionalmente por sequestrarem, em abril, 200 garotas em uma escola de Chibok, também no norte do país.

De acordo com um civil que tem ligações próximas com o exército, os soldados estão na cidade de Konduga, a 30 quilômetro de Bama, mas se recusam a avançar e enfrentar o Boko Haram. Ele falou em condição de anonimato, por medo de sofrer retaliações.

Antes da aproximação dos rebeldes a Maiduguri, cerca de 26,5 mil pessoas deixaram Bama e foram para a cidade nesta semana, se juntando a outros 12 mil que abandonaram Gwoza, tomada pelos rebeldes há duas semanas.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 650 mil nigerianos foram forçados a deixar suas casas por conta da chegada de militantes.

Fonte: Associated Press.

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