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Centenas de manifestantes invadem embaixada dos EUA no Iêmen

Protesto ocorre por conta um vídeo sobre o profeta Maomé considerado blasfemo pelos muçulmanos

Manifestantes sobem a grade ao redor da embaixada americana para invadí-la, no Iêmen (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 07h20.

Sana - Centenas de manifestantes invadiram nesta quinta-feira a embaixada dos Estados Unidos em Sana durante um protesto contra um vídeo sobre o profeta Maomé considerado blasfemo pelos muçulmanos, que já causou ataques violentos contra legações americanas na Líbia e no Egito.

Segundo pôde constatar a Agência Efe, os manifestantes derrubaram a porta principal do complexo da legação diplomática, onde também fica a residência do embaixador.

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Dentro do recinto, só chegaram até o pátio interior já que não conseguiram entrar em nenhum dos edifícios do complexo, mas ainda assim queimaram vários veículos e quebraram as janelas de alguns imóveis.

Os fuzileiros da embaixada atiraram para o alto para dispersar os manifestantes, enquanto a polícia iemenita lançou gás lacrimogêneo e usou canhões de água.

Neste momento, os agentes cercam a legação diplomática após ter conseguido expulsar os manifestantes, embora continuem os choques nas imediações.

A Embaixada dos EUA no Iêmen é um dos edifícios mais fortificados de Sana. Hoje a sede diplomática estava fechada porque o fim de semana no Iêmen é na quinta-feira e na sexta-feira.

Testemunhas disseram à Efe que os manifestantes conseguiram entrar no complexo porque os guardas iemenitas que o protegem não fizeram nada para impedir.

Além do Iêmen, o Egito é hoje palco de confrontos nos arredores da legação americana, que já deixaram 16 feridos, desencadeados após os protestos contra um vídeo supostamente realizado por um cidadão americano-israelense no qual Maomé é ridicularizado.

O controvertido vídeo foi supostamente o estopim do protesto frente ao consulado americano em Benghazi, no leste da Líbia, que acabou na noite de terça-feira em um ataque contra o edifício no qual morreu o embaixador Christopher Stevens e três funcionários da legação.

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