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Caso Assange: OEA inicia reunião para tratar ameaças

Reunião extraordinária foi solicitada pelo Equador após as ''ameaças vertidas explicitamente pelo governo britânico''


	O governo do Equador concedeu asilo a Assange nesta quinta
 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

O governo do Equador concedeu asilo a Assange nesta quinta (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 19h27.

Washington - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) iniciou nesta quinta-feira uma reunião extraordinária para tratar as ''ameaças'' do Reino Unido ao Equador por causa do asilo concedido pelo país latino-americano ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.

A representante do Equador na OEA, María Isabel Salvador, explicou que a reunião extraordinária foi solicitada por seu país após as ''ameaças vertidas explicitamente pelo governo britânico''.

Essas ameaças são ''inadmissíveis'' e constituem ''um ato hostil'', ressaltou María Isabel, que denunciou que a atitude britânica ''viola normas do direito internacional''.

A representante equatoriana pediu que o Conselho Permanente convoque ''de forma urgente'' uma reunião de ministros de Exteriores dos Estados-membros da OEA.

O pedido do Equador foi apoiado pelos governos de Argentina, Bolívia, Uruguai e Paraguai.

O governo do Equador concedeu asilo a Assange nesta quinta por considerar que até agora o fundador de Wikileaks não recebeu garantias do Reino Unido e da Suécia de que não será extraditado aos Estados Unidos, onde considera que sua vida correria perigo.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, que fez o anúncio, se mostrou confiante que Londres outorgará o salvo-conduto a Assange para que abandone a embaixada.

No entanto, o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, assinalou hoje que não há razões legais para outorgar um salvo-conduto ao fundador de Wikileaks.

''Não há nenhuma base legal que nos obrigue a isso'', apontou Hague, ressaltando que a imunidade diplomática não deve ser utilizada para ''dar refúgio'' a supostos criminosos e que o processo na Suécia teria ''garantias'' legais.

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