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Governo dos EUA investiga intervenção da Rússia em eleição

De acordo com a imprensa americana, a CIA concluiu que a Rússia lançou ataques cibernéticos para ajudar na eleição de Trump

Donald Trump: ele voltou a minimizar a possibilidade de que os serviços de Inteligência tenham informações concretas (Brendan McDermid/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 09h00.

Última atualização em 13 de dezembro de 2016 às 09h08.

Os líderes do Congresso americano e a Casa Branca se alinharam nesta segunda-feira (12) em favor de uma investigação sobre a interferência da Rússia na última eleição presidencial para beneficiar Donald Trump, o que foi negado pelo republicano.

De acordo com a imprensa americana, a Agência Central de Inteligência (CIA) fez uma investigação e concluiu que a Rússia lançou ataques cibernéticos para ajudar na eleição de Trump, e não apenas para obstaculizar o desenvolvimento normal das eleições.

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Políticos do Partido Democrata imediatamente pediram que se investigue a possibilidade de a interferência russa nas eleições, mas nesta segunda-feira dois pesos-pesados do Partido Republicano no Congresso também apoiaram a ideia.

O influente presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, disse à imprensa que "qualquer intervenção estrangeira em nossas eleições é completamente inaceitável".

"E toda intervenção da Rússia é particularmente problemática porque, sob o presidente (Vladimir) Putin, é uma agressor que constantemente busca afetar os interesses dos Estados Unidos", apontou Ryan.

Já o presidente do bloco majoritário republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que "os russos não são nossos amigos".

"Tenho a mais alta confiança na comunidade de Inteligência e especialmente da CIA", acrescentou, em entrevista coletiva.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta segunda-feira que a presidência americana defende o papel do Congresso em situações como essa.

"Você não precisa de acesso privilegiado para entender quem se beneficiou da maliciosa ciberatividade russa", disse Earnest, lembrando que o presidente Barack Obama já ordenou à comunidade de Inteligência que "reúna informação que possa ser apresentada ao Congresso".

Outros dois influentes legisladores republicanos - o ex-candidato à presidência John McCain e o senador Lindsey Graham - manifestaram apoio à ideia de realizar uma investigação bipartidária.

Tanto Ryan quanto McConnell deixaram claro que se opõem à criação de uma "supercomissão" bicameral, como aconteceu com o escândalo de Watergate, ou os ataques de 11 de Setembro, em 2001, em Nova York e em Washington, composta de legisladores das duas Câmaras.

Além disso, dez dos 538 grandes eleitores que elegeram Trump em 19 de dezembro, pediram às agências de Inteligência mais informação sobre os supostos ciberataques russos na campanha. Nove deles são democratas.

A interferência russa teria estado atrás da invasão dos sistemas de correios do Comitê Nacional Democrata e do chefe de campanha da candidata presidencial Hillary Clinton, John Podesta.

Na madrugada desta segunda-feira (12), Trump voltou a minimizar a possibilidade de que os serviços de Inteligência tenham informações concretas sobre a participação russa.

"A menos que capturem um 'hacker' no ato, é muito difícil determinar quem realizou a invasão cibernética", tuitou o presidente eleito.

O porta-voz da Chancelaria russa, Dmitri Peskov, classificou as denúncias como "gratuitas" e "não profissionais".

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