EUA: um atirador matou 11 pessoas dentro de uma sinagoga em Pittsburgh (Joshua Roberts/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de outubro de 2018 às 16h26.
Última atualização em 30 de outubro de 2018 às 16h27.
Washington - Cerca de 70 mil pessoas assinaram uma carta na qual informam ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, enquanto não rejeitar "completamente o supremacismo branco", não será bem-vindo a Pittsburgh (Pensilvânia), cidade que o governante deve visitar nesta terça-feira devido ao ataque ocorrido em uma sinagoga no sábado, que terminou com 11 mortos.
"Presidente, você não será bem-vindo em Pittsburgh até que rejeite completamente o supremacismo branco. Nossa comunidade judaica não é o único grupo que foi alvo (de suas críticas)", diz a carta escrita pela Organização Bend the Arc, um movimento "de judeus progressistas" que conseguiu obter 69.148 assinaturas.
A Casa Branca anunciou ontem que o presidente viajaria hoje a Pittsburgh para "expressar seu apoio" junto à comunidade judaica desta cidade, que no sábado sofreu o maior ataque antissemita já registrado no país, segundo algumas associações.
A Bend the Arc, no entanto, considera que este gesto não é apropriado já que o massacre cometido por Rob Bowers, que matou 11 pessoas na sinagoga da Congregação da Árvore da Vida, é "a culminação direta da influência" do presidente, de acordo com a carta.
Por isso, a organização reivindica ao presidente que, antes de visitar a cidade, rejeite o supremacismo branco, deixe de atacar outras minorias, os imigrantes e refugiados, e se comprometa a fazer políticas "compassivas e democráticas" que reconheçam a dignidade de todos.
"O massacre de 11 judeus na sinagoga de Pittsuburgh acontece em um momento no qual o governo do presidente Trump, o Partido Republicano e seus agitadores - em todos os níveis - fomentaram o ódio, o medo e o supremacismo branco no nosso país", critica o texto.
A carta conclui com uma chamada à unidade de todos os americanos como "única maneira" de garantir a segurança e com uma frontal rejeição a deixar que a política isole algumas comunidades.