Carla Bruni: ex-primeira dama da França disse que atualmente "todo o mundo é um espião, um repórter, uma testemunha" (Eric Feferberg/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 14h46.
Paris - A ex-primeira dama da França, a cantora Carla Bruni, disse nesta sexta-feira que não sente inveja que seu marido, Nicolas Sarkozy, receba mais atenção da mídia que ela, mas admitiu que ficaria com ciúme se o ex-presidente se apaixonasse por outra mulher.
Perguntada se tem medo que o marido roube seu show, a ex-modelo declarou ao site "Bien Public": "ele é uma "megaestrela" em meus shows. Tem uma carreira pública e política de 35 anos, como apagar 35 anos de trabalho?
Foi sua vida, mas já não é mais. Não sinto ciúmes de seu status, da atenção que recebe. Sentiria muito mais ciúme se ele se apaixonasse por outra", declarou a ex-modelo antes de um show em Lyon, no leste da França.
Bruni evitou falar diretamente sobre a situação que o atual presidente, François Hollande, e a primeira-dama, Valérie Trierweiler, vivem depois de uma revista de celebridades fotografá-lo se encontrando com a atriz Julie Gayet e afirmar que eles têm um caso.
A ex-primeira dama defendeu a liberdade de imprensa, mas lembrou do direito à vida privada das personalidades, diante da possibilidade de viver em um país sem liberdade de expressão.
"Vá a um país onde a imprensa não é livre e compreenderá a diferença", alertou.
Bruni disse que atualmente "todo o mundo é um espião, um repórter, uma testemunha".
"Todo o mundo tem uma câmera no celular, como gravar todo o mundo", comentou. E ressaltou a dificuldade de conter esse tipo de informações em um mundo global e conectado.
"As celebridades francesas se iludem achando que podem controlá-lo, que podem se defender com uma lei. (A informação) sai em todos os lugares, já não há controle", acrescentou Bruni, que afirmou que lutar contra a época que em que se vive é "perda de tempo".
A esposa de Nicolas Sarkozy, em plena tour com o álbum "Little French Songs", aproveitou também para confirmar que está feliz com o marido.
"Ele suaviza minha vida. Tira uma parte da ansiedade que tinha de maneira quase congênita, por isso me casei com ele. Só com ele me sinto melhor do que sozinha. Basicamente sou muito solitária, quase misantropa. Tenho a impressão que somos indissociáveis", se declarou sobre Sarkozy, com quem se casou em 2008, durante o mandato dele à frente do país.