Carcaças de baleia na costa de Gana preocupam ambientalistas
Vinte baleias mortas foram encontradas na costa ganesa nos últimos quatro anos, oito delas desde setembro. A causa das mortes é desconhecida
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2013 às 20h01.
Acra - As carcaças de baleia que apareceram recentemente na costa de Gana fizeram as associações ambientalistas temer que a indústria petroleira esteja pondo em risco a fauna marinha na região.
Vinte baleias mortas foram encontradas na costa ganesa nos últimos quatro anos, oito delas desde setembro. A causa das mortes é desconhecida.
Organizações de defesa do meio ambiente expressaram sua preocupação, em vista da proximidade entre as carcaças desses mamíferos descobertos e as atividades da indústria petroleir na costa do país africano.
"Aumenta o temor relacionado ao que está matando as baleias", declarou Kyei Kwadwo Yamoah, coordenador da organização não governamental (ONG) de defesa do meio ambiente Amigos da Nação.
As pessoas que vivem na costa, acrescentou, "querem saber se isso pode ter um impacto para elas ou não e, assim, poder ficar tranquilas".
Na semana passada foi encontrada a vigésima carcaça de baleia em uma praia remota da Região Ocidental, onde Gana extrai a maior parte de seu petróleo, afirmou Yamoah.
Embora Gana tenha se lançado na produção de petróleo em 2010, a exploração tinha se intensificado no ano anterior, ressaltou.
O petróleo provém, principalmente, de uma jazida no oceano Atlântico denominada Jubilee, descoberta em 2007 pela companhia americana Kosmos. Atualmente, a empresa anglo-irlandesa Tullow é a principal operadora dessa jazida.
A produção ganesa atual chega a 115.000 barris diários, muito abaixo dos dois milhões de barris diários que a Nigéria pode alcançar. Os nigerianos são os grandes produtores da África Subsaariana, ao lado de Angola.
A companhia Tullow se negou a fazer comentários sobre a morte das baleias e considerou que é preciso enviar as perguntas correspondentes à Agência de Proteção Ambiental de Gana (EPA).
A porta-voz da EPA, Angelina Mesah, afirmou que as mortes das baleias estão sendo investigadas, mas não respondeu às outras perguntas enviadas por e-mail.
Após a descoberta de cinco carcaças do mamífero no ano passado, a EPA afirmou que a situação é "muito preocupante", mas que tinha precedentes. "A frequência do aparecimento de baleias arrastadas pelo mar até a praia é um fenômeno geral que não se limita a Gana", acrescentou, em um comunicado.
No entanto, colisões com barcos, a contaminação da água ou a atividade sísmica relacionada a perfurações petroleiras podem matar ou desorientar as baleias, explicou Patrick Ramage, do Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais (IFAW).
Em setembro, um painel de uma revista científica determinou que o aparecimento de cetáceos nas praias de Madagascar, em 2008, estava diretamente relacionado ao uso de um sonar de alta frequência da companhia petrolífera ExxonMobil.
Mas, por enquanto, não se pode afirmar que tenha acontecido o mesmo em Gana. "São necessárias análises mais minuciosas, e não apenas a convergência entre a atividade industrial e as carcaças arrastadas pelo mar até a praia", acrescentou Ramage.
Acra - As carcaças de baleia que apareceram recentemente na costa de Gana fizeram as associações ambientalistas temer que a indústria petroleira esteja pondo em risco a fauna marinha na região.
Vinte baleias mortas foram encontradas na costa ganesa nos últimos quatro anos, oito delas desde setembro. A causa das mortes é desconhecida.
Organizações de defesa do meio ambiente expressaram sua preocupação, em vista da proximidade entre as carcaças desses mamíferos descobertos e as atividades da indústria petroleir na costa do país africano.
"Aumenta o temor relacionado ao que está matando as baleias", declarou Kyei Kwadwo Yamoah, coordenador da organização não governamental (ONG) de defesa do meio ambiente Amigos da Nação.
As pessoas que vivem na costa, acrescentou, "querem saber se isso pode ter um impacto para elas ou não e, assim, poder ficar tranquilas".
Na semana passada foi encontrada a vigésima carcaça de baleia em uma praia remota da Região Ocidental, onde Gana extrai a maior parte de seu petróleo, afirmou Yamoah.
Embora Gana tenha se lançado na produção de petróleo em 2010, a exploração tinha se intensificado no ano anterior, ressaltou.
O petróleo provém, principalmente, de uma jazida no oceano Atlântico denominada Jubilee, descoberta em 2007 pela companhia americana Kosmos. Atualmente, a empresa anglo-irlandesa Tullow é a principal operadora dessa jazida.
A produção ganesa atual chega a 115.000 barris diários, muito abaixo dos dois milhões de barris diários que a Nigéria pode alcançar. Os nigerianos são os grandes produtores da África Subsaariana, ao lado de Angola.
A companhia Tullow se negou a fazer comentários sobre a morte das baleias e considerou que é preciso enviar as perguntas correspondentes à Agência de Proteção Ambiental de Gana (EPA).
A porta-voz da EPA, Angelina Mesah, afirmou que as mortes das baleias estão sendo investigadas, mas não respondeu às outras perguntas enviadas por e-mail.
Após a descoberta de cinco carcaças do mamífero no ano passado, a EPA afirmou que a situação é "muito preocupante", mas que tinha precedentes. "A frequência do aparecimento de baleias arrastadas pelo mar até a praia é um fenômeno geral que não se limita a Gana", acrescentou, em um comunicado.
No entanto, colisões com barcos, a contaminação da água ou a atividade sísmica relacionada a perfurações petroleiras podem matar ou desorientar as baleias, explicou Patrick Ramage, do Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais (IFAW).
Em setembro, um painel de uma revista científica determinou que o aparecimento de cetáceos nas praias de Madagascar, em 2008, estava diretamente relacionado ao uso de um sonar de alta frequência da companhia petrolífera ExxonMobil.
Mas, por enquanto, não se pode afirmar que tenha acontecido o mesmo em Gana. "São necessárias análises mais minuciosas, e não apenas a convergência entre a atividade industrial e as carcaças arrastadas pelo mar até a praia", acrescentou Ramage.