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Candidatura do Catar a Copa boicotou adversárias, diz jornal inglês

As operações incluíram, por exemplo, recrutar pessoas influentes para que atacassem publicamente as candidaturas dos seus próprios países

Catar: o periódico diz que teve acesso a documentos da equipe catariana (Streeter Lecka/Getty Images)

Catar: o periódico diz que teve acesso a documentos da equipe catariana (Streeter Lecka/Getty Images)

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EFE

Publicado em 29 de julho de 2018 às 12h11.

Londres - Os promotores da candidatura do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022 violaram as normas da Fifa ao realizar operações encobertas a fim de sabotar as adversárias, publicou neste domingo o jornal britânico "The Sunday Times".

O periódico diz que teve acesso a documentos da equipe catariana que demonstram que foi contratada uma empresa de relações públicas e ex-agentes da CIA para que realizassem campanhas de propaganda negativa contra os concorrentes considerados mais fortes, os Estados Unidos e a Austrália.

As operações incluíram, por exemplo, recrutar pessoas influentes para que atacassem publicamente as candidaturas dos seus próprios países, para dar a impressão de que estas não tinham apoio em nível nacional, um dos requisitos para receber o evento, explicou o dominical.

"The Sunday Times" publicou anteriormente artigos que denunciavam a suposta corrupção da candidatura de Catar, como a propina paga pelo delegado catariano na Fifa, Mohammed bin Hammam. O dirigente acabou exonerado em uma investigação apoiada pela federação internacional.

O jornal considera que os documentos vazados agora envolvem diretamente o Catar a operações irregulares. Porém, em declarações coletadas pelo rotativo, o Comitê Supremo do país árabe encarregado do Mundial negou todas as alegações e lembrou que colaborou com a investigação da Fifa, além de ter cumprido estritamente com a legislação da organização.

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