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Busca por avião da Malásia deve ser a mais cara da história

Missão conta com a participação de aviões, navios, submarinos e satélites de 26 países


	Helicóptero e navio australianos juntos na busca pelo avião: estimativas mostram que pelo menos 44 milhões de dólares já foram gastos na mobilização de embarcações e aeronaves militares
 (REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters)

Helicóptero e navio australianos juntos na busca pelo avião: estimativas mostram que pelo menos 44 milhões de dólares já foram gastos na mobilização de embarcações e aeronaves militares (REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 11h06.

Sydney - A busca pelo avião da Malaysian Airlines desaparecido há um mês deve custar centenas de milhões de dólares, tornando-se a mais cara operação desse tipo na história da aviação, com a participação de aviões, navios, submarinos e satélites de 26 países.

Estimativas compiladas pelas Reuters mostram que pelo menos 44 milhões de dólares já foram gastos na mobilização de embarcações e aeronaves militares por parte da Austrália, China, EUA e Vietnã, no oceano Índico e no mar do Sul da China.

A cifra se baseia em estatísticas relativas ao custo por hora de vários equipamentos, avaliações de analistas de defesa e custos divulgados pelo Pentágono.

O valor do primeiro mês de buscas já é praticamente idêntico ao valor oficialmente gasto --em vários meses dispersos ao longo de dois anos-- nas buscas pelo avião da Air France que caiu no Atlântico na rota Rio-Paris, em 2009.

Mas especialistas em resgates dizem que a conta total daquela operação pode ter sido três ou quatro vezes superior à cifra oficial, de modo que uma extrapolação para o caso do voo MH370 indica um valor na casa das centenas de milhões de dólares.

A estimativa de 44 milhões no caso do avião malaio não inclui equipamentos oferecidos por países como Grã-Bretanha, França, Nova Zelândia e Coreia do Sul, nem custos como aviões civis, acomodação para centenas de pessoas envolvidas nas buscas e a remuneração de analistas de inteligência no mundo todo.

Angus Houston, diretor da agência australiana que coordena as buscas, disse na sexta-feira que apresentará posteriormente uma estimativa total de custos. "É bastante dinheiro", antecipou.


Mas os primeiros-ministros da Austrália, Tony Abbott, e da Malásia, Najib Razak, dizem repetidamente que o custo não é um problema. No entanto, Abbott insinuou que a Austrália --país mais onerado, por ser o mais próximo da área de buscas-- pode passar a fatura adiante.

"É simplesmente razoável que arquemos com este custo, trata-se de um ato de cidadania internacional", disse o premiê na semana passada. "Em algum momento, pode haver a necessidade de uma prestação de contas, mas estamos satisfeitos em termos a maior utilidade possível para todos os países interessados nisso." Uma fonte do governo da Malásia disse, sob anonimato, que as buscas pelo voo MH370 podem custar pelo menos o dobro do que a operação para a recuperação da caixa-preta do AF447.

Até agora, a Austrália bancou cerca de metade do custo, mantendo aeronaves e embarcações mobilizadas há três semanas. Só a operação do seu navio HMAS Success custa cerca de 550 mil dólares australianos (511 mil dólares norte-americanos) por dia, segundo cifras dos militares do país.

Na escala de gastos, China e EUA vêm em seguida.

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