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Brics x Piigs: ainda há um abismo entre eles

Levantamento feito pela Austin Rating mostra que o grupo dos Brics cresceu vigorosamente no segundo trimestre, enquanto o dos Piigs encolheu

Em meio à crise internacional, os Brics e os Piigs têm desempenhos bem diferentes (Fotomontagem/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 10h07.

São Paulo – Encerrada a temporada de divulgação dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao 2º trimestre, é possível constatar a existência de um enorme abismo entre os Brics e os Piigs.

Os Brics , que representam os principais países emergentes, são formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Já os Piigs são um acrônimo de Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha criado de forma irônica para se referir aos países europeus que estão com sérios problemas econômicos (pigs, em inglês, significa porcos).

A pedido de EXAME.com, o economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini, fez um levantamento sobre a expansão ou retração do PIB de 54 países no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010. Enquanto os Brics estão concentrados na parte de cima do ranking, os Piigs dominam a parte de baixo ( veja tabela abaixo e ranking completo na próxima página ).

A surpresa positiva foi o crescimento de 2,3% da Irlanda, que superou as estimativas de todos os analistas. Na média, a economia dos Brics cresceu 5,8% no segundio trimestre enquanto os Piggs tiveram retração de 0,9%, puxados principalmente pelo péssimo desempenho da Grécia.

BricsPIB 2º triversusPIB 2º triPiigs
Fonte: Austing Rating/Elaboração: EXAME.com
Brasil3,1%x-0,9%
Portugal
Rússia3,4%x0,8%Itália
Índia7,7%x2,3%Irlanda
China9,5%x-7,3%
Grécia
África do Sul3,0%x0,7%Espanha
Média dos Brics5,8%x-0,9%
Média dos Piigs

No ranking mundial, a China ficou em primeiro lugar, seguida por Argentina, Turquia e Estônia. O Brasil ficou em uma posição intermediária (24ª).

Na ponta inferior da tabela estão Noruega, Portugal, Japão e Grécia

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–todos tiveram retração. Para a elaboração do ranking, foi utilizada a variação do PIB no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), dez países encerrão 2011 com crescimento acima de 7% e outros sete terão retração do PIB.

A Argentina, que vive uma onda de populismo econômico, continua apresentando números alvissareiros. No entanto, os analistas dizem que esse desempenho é insustentável no longo prazo.

RankingPaís2º tri 2011 / 2º tri 2010
Elaboração: Austin Rating
China9,5%
Argentina9,1%
Turquia8,8%
Estônia8,4%
Índia7,7%
Chile6,8%
Indonésia6,5%
Lituânia6,1%
Vietnã5,7%
10ºLetônia5,7%
11ºHong Kong5,1%
12ºTaiwan5,0%
13ºSuécia4,9%
14ºPolônia4,3%
15ºMalásia4,0%
16ºUcrânia3,8%
17ºIsrael3,5%
18ºÁustria3,5%
19ºCoreia do Sul3,4%
20ºFilipinas3,4%
21ºRússia3,4%
22ºMéxico3,3%
23ºEslováquia3,3%
24º Brasil
3,1%
25ºÁfrica do Sul3,0%
26ºFinlândia2,9%
27ºAlemanha2,8%
28ºTailândia2,6%
29ºBélgica2,5%
30ºVenezuela2,5%
31ºIrlanda2,3%
32ºSuíça2,3%
33ºRepública Tcheca2,2%
34ºCanadá2,2%
35ºIslândia2,1%
36ºDinamarca2,0%
37ºBulgária1,9%
38ºFrança1,6%
39ºEstados Unidos1,5%
40ºHolanda1,5%
41ºHungria1,5%
42ºAustrália1,4%
43ºChipre1,4%
44ºCingapura0,9%
45ºEslovênia0,9%
46ºItália0,8%
47ºReino Unido0,7%
48ºEspanha0,7%
49ºNova Zelândia0,7%
50ºRomênia0,3%
51ºNoruega-0,4%
52ºPortugal-0,9%
53ºJapão-1,1%
54ºGrécia-7,3%
Média 54 países
3,0%
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