Grã-Bretanha fará teste genético para pacientes com câncer
Programa permitir que os pacientes tenham acesso ao tipo de teste que levou Angelina Jolie a decidir se submeter a uma mastectomia dupla
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2013 às 13h28.
Londres - A Grã-Bretanha lançou um programa de pesquisa na segunda-feira que poderá permitir que os pacientes com câncer tenham acesso ao tipo de teste genético que levou a estrela de Hollywood Angelina Jolie a decidir se submeter a uma mastectomia dupla.
O projeto, que inclui o Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR, na sigla em inglês) de Londres, a empresa de sequenciamento genético dos EUA Illumina, geneticistas e oncologistas, têm como objetivo encontrar formas que permitam testar mais genes ligados ao câncer em mais pessoas.
Pesquisadores anunciram o projeto com investimento estimado em 4 milhões de dólares, financiado pela instituição de caridade da área médica Wellcome Trust. Ressaltaram, no entanto, que não foi uma resposta às informações divulgadas na semana passada sobre a decisão de Jolie se submeter à retirada das mamas para reduzir o risco de câncer.
"O que estamos tentando fazer aqui é desenvolver processos que permitam o uso abrangente e sistemático de informação genética na medicina da área de câncer de modo que (mais pessoas) sejam capazes de se beneficiar dos tipos de informações e situações que ouviram falar na semana passada (com a história de Jolie)", afirmou Nazneen Rahman, chefe de genética do ICR e líder no novo projeto.
Mutações em alguns genes, conhecidos como genes de predisposição ao câncer, aumentam o risco de uma pessoa ter câncer.
Angelina Jolie obteve teste positivo para uma mutação genética de alto risco, que a deixa cerca de cinco vezes mais propensa a desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não possuem esta mutação, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA.
Há cerca de 100 outros genes ligados à predisposição ao câncer conhecidos, mas na Grã-Bretanha, onde a maior parte do serviço de saúde é coberta pelo Serviço Nacional de Saúde, financiado pelo contribuinte, o teste para esses genes é atualmente muito restrito.
Ainda assim, os avanços recentes na leitura do código genético, conhecida como sequenciamento genético, é agora mais rápida e mais barata do que nunca, abrindo caminho para que testes genéticos se tornem rotina para todos os pacientes com câncer.
"É muito importante saber se uma mutação no código genético de uma pessoa causou seu câncer", disse Rahman a repórteres em uma entrevista a jornalistas em Londres.
"Isso permite um tratamento mais personalizado, por isso, por exemplo, essas pessoas muitas vezes apresentam risco de outro tipo de câncer e podem optar por uma cirurgia mais abrangente, ou podem precisar de medicamentos diferentes, ou monitoramento extra." O programa, chamado Mainstreaming Cancer Genetics, vai usar um novo teste do Illumina chamado TruSight que pode analisar 97 genes de predisposição ao câncer dentro de algumas semanas, segundo Rahman.
O novo modelo será aplicado inicialmente em mulheres com câncer de mama ou câncer de ovário no Royal Marsden Hospital, em Londres, mas a equipe espera que, no futuro, possa ser usado em todo o país e para muitos outros tipos de câncer.
Londres - A Grã-Bretanha lançou um programa de pesquisa na segunda-feira que poderá permitir que os pacientes com câncer tenham acesso ao tipo de teste genético que levou a estrela de Hollywood Angelina Jolie a decidir se submeter a uma mastectomia dupla.
O projeto, que inclui o Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR, na sigla em inglês) de Londres, a empresa de sequenciamento genético dos EUA Illumina, geneticistas e oncologistas, têm como objetivo encontrar formas que permitam testar mais genes ligados ao câncer em mais pessoas.
Pesquisadores anunciram o projeto com investimento estimado em 4 milhões de dólares, financiado pela instituição de caridade da área médica Wellcome Trust. Ressaltaram, no entanto, que não foi uma resposta às informações divulgadas na semana passada sobre a decisão de Jolie se submeter à retirada das mamas para reduzir o risco de câncer.
"O que estamos tentando fazer aqui é desenvolver processos que permitam o uso abrangente e sistemático de informação genética na medicina da área de câncer de modo que (mais pessoas) sejam capazes de se beneficiar dos tipos de informações e situações que ouviram falar na semana passada (com a história de Jolie)", afirmou Nazneen Rahman, chefe de genética do ICR e líder no novo projeto.
Mutações em alguns genes, conhecidos como genes de predisposição ao câncer, aumentam o risco de uma pessoa ter câncer.
Angelina Jolie obteve teste positivo para uma mutação genética de alto risco, que a deixa cerca de cinco vezes mais propensa a desenvolver câncer de mama do que as mulheres que não possuem esta mutação, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer dos EUA.
Há cerca de 100 outros genes ligados à predisposição ao câncer conhecidos, mas na Grã-Bretanha, onde a maior parte do serviço de saúde é coberta pelo Serviço Nacional de Saúde, financiado pelo contribuinte, o teste para esses genes é atualmente muito restrito.
Ainda assim, os avanços recentes na leitura do código genético, conhecida como sequenciamento genético, é agora mais rápida e mais barata do que nunca, abrindo caminho para que testes genéticos se tornem rotina para todos os pacientes com câncer.
"É muito importante saber se uma mutação no código genético de uma pessoa causou seu câncer", disse Rahman a repórteres em uma entrevista a jornalistas em Londres.
"Isso permite um tratamento mais personalizado, por isso, por exemplo, essas pessoas muitas vezes apresentam risco de outro tipo de câncer e podem optar por uma cirurgia mais abrangente, ou podem precisar de medicamentos diferentes, ou monitoramento extra." O programa, chamado Mainstreaming Cancer Genetics, vai usar um novo teste do Illumina chamado TruSight que pode analisar 97 genes de predisposição ao câncer dentro de algumas semanas, segundo Rahman.
O novo modelo será aplicado inicialmente em mulheres com câncer de mama ou câncer de ovário no Royal Marsden Hospital, em Londres, mas a equipe espera que, no futuro, possa ser usado em todo o país e para muitos outros tipos de câncer.