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Boris Johnson lança campanha com promessa de Brexit até outubro

Johnson é o favorito para assumir o cargo mais importante da nação quase três anos após comandar a campanha oficial de saída da UE

Boris Johnson: ex-prefeito de Londres é o favorito para suceder Theresa May como líder do Reino Unido (Henry Nicholls/Reuters)

Boris Johnson: ex-prefeito de Londres é o favorito para suceder Theresa May como líder do Reino Unido (Henry Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de junho de 2019 às 10h56.

Última atualização em 12 de junho de 2019 às 10h59.

Londres — O ex-prefeito de Londres Boris Johnson deu a largada em sua campanha para suceder a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, nesta quarta-feira, prometendo tirar o país da União Europeia até 31 de outubro, e alertou seu dividido Partido Conservador que "atraso significa derrota".

Johnson, o favorito para assumir o cargo mais importante da nação quase três anos depois de comandar a campanha oficial de saída da UE, louvou a força da economia britânica, prometeu concretizar o Brexit até 31 de outubro e combater o desespero que assola o Reino Unido.

"Depois de três anos e dois prazos vencidos, precisamos sair da UE em 31 de outubro", disse ele diante da Academia Real de Engenharia, no centro de Londres.

"Não busco um resultado sem acordo", disse Johnson, ex-secretário das Relações Exteriores e ex-prefeito de Londres de 54 anos.

"Não acho que acabaremos com nada do tipo, mas é questão de responsabilidade se preparar vigorosa e seriamente para a falta de acordo. De fato, é surpreendente que alguém possa sugerir dispensar essa ferramenta vital da negociação".

Johnson, cujo estilo excêntrico o ajudou a minimizar uma série de escândalos, conquistou muitos de seu partido argumentando que só ele pode resgatar os conservadores realizando o Brexit.

Para muitos, ele só pode perder para si mesmo na disputa pelo posto de premiê - ele tem os apoiadores conservadores mais explícitos no Parlamento e é muito popular entre seus correligionários, as pessoas que decidirão o sucessor de May.

Quando lhe indagaram se ele é de confiança, Johnson disse que é. Questionado se já violou a lei, ele disse ter dirigido acima do limite de velocidade. Ao lhe perguntarem se já mexeu com drogas ilegais, ele saiu pela tangente.

Como no referendo de 2016 sobre a filiação à UE, a mensagem de Johnson é clara: qualquer outro atraso no Brexit e o Partido Conservador corre o risco de abrir as portas para um governo liderado pelo líder opositor trabalhista e socialista veterano Jeremy Corbyn.

"Simplesmente não conseguiremos um resultado se dermos a impressão de que queremos continuar cozinhando em fogo brando e tivermos mais atrasos", afirmou. "Atraso significa derrota, atraso significa ruína".

O Reino Unido pode estar rumando para uma crise constitucional por causa do Brexit, já que muitos dos candidates que querem substituir May estão dispostos a romper com o bloco em 31 de outubro sem um acordo, mas o Parlamento sinalizou que tentará evitar essa situação.

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