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Boris Johnson diz que respeita, mas discorda de decisão da Suprema Corte

Premiê afirmou também que conseguir um acordo para o Brexit "não ficará mais fácil" com a decisão da alta corte

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson  (Rui Vieira/Getty Images)

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson (Rui Vieira/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 10h17.

Última atualização em 24 de setembro de 2019 às 10h19.

São Paulo — O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, comentou nesta terça-feira que a decisão mais cedo da Suprema Corte do Reino Unido de considerar ilegal a suspensão do Parlamento britânico deve ser respeitada, embora ele discorde "totalmente" do veredicto.

Falando a repórteres em Nova York, onde vai participar da Assembleia Geral da ONU, Johnson também reiterou que o Reino Unido vai implementar o Brexit até a data-limite de 31 de outubro, independentemente de fechar um acordo ou não com a União Europeia.

O premiê afirmou também que conseguir um acordo para o Brexit "não ficará mais fácil" com a decisão da alta corte.

A Suprema Corte do Reino Unido decidiu que o primeiro-ministro agiu ilegalmente quando aconselhou a rainha Elizabeth a suspender o Parlamento semanas antes da data para a saída britânica da União Europeia, e que, portanto, a suspensão é nula.

A decisão abre caminho para os parlamentares retornarem ao trabalho na Casa, onde Johnson não tem maioria. Dessa forma, os legisladores, a maioria dos quais se opõe a sair da UE sem um acordo de separação --como Johnson ameaça fazer-- terão mais oportunidades para impedir a estratégia do premiê.

"A decisão de aconselhar Sua Majestade a suspender o Parlamento foi ilegal porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do Parlamento de desempenhar suas funções constitucionais sem justificativa razoável", disse a presidente da Suprema Corte, Brenda Hale.

"O Parlamento não está suspenso. Este é o julgamento unânime de todos os 11 juízes", acrescentou. "Cabe ao Parlamento, e em particular ao presidente da Câmara, decidir o que fazer em seguida."

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