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Bombardeios israelenses contra duas escolas na Faixa de Gaza deixam ao menos 30 mortos

Defesa Civil palestina, controlada pelo Hamas, disse que maior parte das vítimas eram 'mulheres e crianças'; Exército de Israel, por outro lado, disse que local era usado como esconderijo de terroristas

Um veículo blindado de transporte de pessoal (APC) do exército israelense se move para tomar posição em uma área próxima à fronteira com a Faixa de Gaza. (JACK GUEZ / AFP/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 4 de agosto de 2024 às 13h40.

Pelo menos 30 pessoas morreram na Faixa de Gaza neste domingo, 4, após um bombardeio israelense atingir duas escolas de um complexo de ensino no enclave. Outras 50 pessoas teriam ficado feridas no local, que, segundo a Defesa Civil palestina, controlada pelo Hamas, abriga milhares de civis deslocados pela guerra. As Forças Armadas de Israel (FDI) disseram ter atacado “terroristas” que estavam nas escolas Hasan Salameh e al-Nasr.

“Ao menos 30 mártires e 50 feridos, principalmente mulheres e crianças, foram levados para o Hospital Batista após um ataque israelense com foguetes que teve como alvo as escolas”, afirmou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, em comunicado.

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Já as FDI disseram que as instituições foram usadas “como esconderijo” para membros do grupo terrorista Hamas. O Exército também afirmou que, antes do ataque, “várias medidas foram tomadas para mitigar o risco de prejudicar civis, incluindo o uso de munições precisas, vigilância e inteligência adicional”. Em nota, as forças de segurança do Estado judeu reafirmaram a ideia de que o Hamas opera a partir de infraestruturas civis – e que utiliza a população palestina como “escudo humano”.

O ataque deste domingo ocorre apenas um dia depois de outro bombardeio israelense matar 17 pessoas no complexo escolar de Hamama, também em Gaza. Basal afirmou que o local também abrigava pessoas deslocadas pela guerra, que já dura quase dez meses. O Exército de Israel confirmou a ofensiva e, assim como neste domingo, disse que ela foi direcionada contra “terroristas que operavam a partir de um centro de comando e controle do Hamas” instalado dentro do local.

“Lá, eles planejaram e executaram diversos atentados terroristas contra soldados israelenses”, escreveu o Exército israelense, que acusa de maneira reiterada o Hamas de utilizar instalações civis como centros de controle ou para esconder seus comandantes – algo que o grupo nega.

A guerra na Faixa de Gaza teve início em 7 de outubro, após terroristas do Hamas invadirem o território israelense e matarem mais de 1,1 mil pessoas, a maioria civis. Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 111 permanecem em cativeiro em Gaza – sendo que ao menos 39 morreram. Como resposta, a ofensiva de Israel no enclave já deixou mais de 39,5 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde do governo de Gaza.

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