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Bombardeio contra prédio residencial deixa 15 mortos no leste da Ucrânia

O bombardeio a um prédio de quatro andares aconteceu durante a noite em Chasiv Yar, cidade de 12.000 habitantes na Ucrânia

Ucraniana diante de edifício bombardeado em Chasiv Yar: ao menos 15 pessoas morreram (AFP/AFP)

Ucraniana diante de edifício bombardeado em Chasiv Yar: ao menos 15 pessoas morreram (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 10 de julho de 2022 às 11h41.

As forças russas intensificaram neste domingo os bombardeios no leste da Ucrânia, onde pelo menos 15 pessoas morreram após o impacto de um míssil contra um edifício residencial em Chasiv Yar, segundo as autoridades locais.

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O bombardeio aconteceu durante a noite nesta pequena cidade de 12.000 habitantes ao sudeste de Kramatorsk. Os serviços de emergência informaram que 24 pessoas continuam sob os escombros, de onde cinco moradores foram retirados com vida.

O prédio de quatro andares foi atingido por um míssil russo Uragan, afirmou no Telegram o governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.

O ataque derrubou parte do edifício. As equipes de emergência trabalhavam para retirar os escombros.

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"Estava no quarto quando tudo começou a tremer. Consegui escapar porque a onda de choque me empurrou ao banheiro", disse uma moradora que não revelou o nome à AFP.

De acordo com Kyrylenko, 591 civis morreram e 1.548 ficaram feridos na região de Donetsk desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro. Na sexta-feira, o governador afirmou que Moscou preparava "novas ações" no leste da Ucrânia.

O exército russo, que reivindicou no início do mês o controle da região de Lugansk, pretende agora conquistar Donetsk, o que permitira a Moscou ter o controle de toda a bacia de mineração do Donbass.

Separatistas pró-Rússia controlam parte desta área desde 2014.

"Alvos civis"

O Estado-Maior ucraniano relatou no sábado bombardeios russos no leste e em Kharkiv (nordeste), mas a única ofensiva terrestre aconteceu em Dolomitne, perto de Bakhmut.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acuso Moscou de atacar "deliberada e intencionalmente alvos civis, casas, pessoas".

As autoridades ucranianas também acusaram o exército russo de incendiar plantações para destruir as colheitas.

Kiev afirmou que atacou "dois pontos de comando" e depósitos russos na região ucraniana de Chornobaivka (sul).

Equipes de emergência trabalham ao redor de prédio bombardeado em Chasiv Yar, leste da Ucrânia (AFP/AFP)

Em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, o governador Oleg Synegubov afirmou que ataques com mísseis contra um centro de ensino e uma casa deixaram um ferido.

Também foram registrados ataques perto de Siversk e Sloviansk (leste), assim como em Mykolaiv (sul).

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O representante em Moscou da república separatista de Lugansk, Rodio Mirochnik, declarou neste domingo que teve início uma ofensiva na fronteira entre Donetsk e Lugansk, avançando "contra Siversk a partir do norte" e que, após combates, a localidade de Grygorivka foi "capturada".

Ele disse ainda que as 'tropas executam operações para libertar Serebrianka", um município da região.

Turbinas do Nord Stream

Na área econômica, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou neste domingo que o bloqueio às exportações de grãos da Ucrânia imposto pela Rússia pode ter contribuído para os distúrbios no Sri Lanka e expressou o temor de que isto possa provocar outras crises.

"Estamos vendo o impacto da agressão russa em todos os lugares. Pode ter contribuído para a situação no Sri Lanka, estamos preocupados com as implicações em todo o mundo", disse Blinken.

Ele reiterou o pedido para que a Rússia permita a saída de 20 milhões de toneladas de grãos da Ucrânia, que Moscou invadiu em fevereiro.

"Constatamos em todo o mundo uma insegurança alimentar crescente que foi exacerbada de forma considerável com a agressão da Rússia contra a Ucrânia", declarou.

O Canadá decidiu no sábado que, apesar das sanções impostas à Rússia, devolverá para a Alemanha as turbinas para o gasoduto russo Nord Stream que estavam sendo reparada no país, ignorando o pedido de Kiev para que "não aceitasse a chantagem do Kremlin".

"O Canadá dará a Siemens Canadá uma permissão revogável e por tempo limitado para devolver à Alemanha as turbinas do Nordstream 1 que foram reparadas, o que manterá a capacidade da Europa de conseguir uma energia confiável e acessível", disse o ministro de Recursos Naturais, Jonathan Wilkinson.

O grupo russo Gazprom justificou em meados de junho a redução do fornecimento de gás para a Alemanha devido à necessidade de reparar estas turbinas.

Na Rússia, onde vários meios de comunicação independentes foram censurados, o site do jornal alemão Die Welt foi bloqueado a pedido do Ministério Público.

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