Exame Logo

Bolsonaro, Maduro e Kirchner também foram alvo de ataques quase mortais; veja lista

América Latina se destaca na violência contra políticos

Bolsonaro levou uma facada enquanto fazia comício em Juiz de Fora
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 16 de maio de 2024 às 11h59.

O atentado contra o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, chocou a Europa nesta semana. O premiê foi baleado várias vezes por um homem de 71 anos com ideias nacionalistas e contra imigrantes. Fico está no hospital e seu estado ainda é considerado grave.

Nos últimos anos, o mundo viu um número crescentes de atentados contra políticos, seja na América do Sul ou Ásia. Relembre alguns dos casos mais emblemáticos dos últimos anos:

Veja também

Jair Bolsonaro

Durante a campanha presidencial de 2018, o então deputado federal e candidato à Presidência Jair Bolsonaro, sofreu um atentado durante um comício que promovia em Juiz de Fora (MG).

O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante e transferido para um presídio em Campo Grande (MS) dois dias após o ato. Ele foi diagnosticado com transtorno delirante persistente. Em fevereiro deste ano, um juiz autorizou sua transferência para um local adequado para seu tratamento.

Cristina Kirchner

A então vice-presidente da Argentina sofreu um atentado na porta de sua casa em Buenos Aires, em setembro de 2022. Quatro pessoas foram presas, entre eles um homem brasileiro, identificado como Fernando André Sabag Montiel.

A pistola .380, tinha cinco projéteis e não disparou, apesar de ter sido acionada.

Viúva do ex-presidente Néstor Kircher (2003-07), Cristina também comandou o país de 2007 a 2015.

Shinzo Abe

Em 8 de julho de 2022, o ex-primeiro-ministro do Japão morreu aos 67 anos após ser baleado durante um discurso na cidade de Nara, no oeste do país.

O suspeito do ataque, um homem de 40 anos, foi preso no local.

Shinzo Abe foi o primeiro-ministro que mais tempo ocupou o cargo no Japão: entre 2006 e 2007 e 2012 e 2020. Conservador, ele deixou o cargo em agosto daquele ano por motivos de saúde.

Jovenel Moise

O presidente haitiano foi morto a tiros em julho de 2021 e sua esposa, Martine Moise, ficou gravemente ferida quando criminosos invadiram a residência do casal.

Um cidadão haitiano-chileno se declarou culpado de acusações e foi condenado à prisão perpétua. As autoridades disseram que dezenas de pessoas estiveram envolvidas no assassinato, incluindo 26 colombianos, dois haitianos-americanos e a própria Martine. O suspeito colombiano Mario Palacios foi extraditado para os EUA em 2022.

Iván Duque

Em uma visita  perto da fronteira Colômbia-Venezuela em junho de 2021, o helicóptero do presidente colombiano foi atingido por tiros.

A aeronave pousou com segurança na cidade de Cúcuta, no estado de Norte de Santander. As autoridades culparam ex-rebeldes das Forças Armadas Revolucionária da Colômbia pelo ataque.

Francia Márquez

A vice-presidente da Colômbiaescapou de um atentado em maio de 2019, antes de concorrer ao cargo, quando agressores lançaram uma granada e atiraram contra ela e outros ativistas ambientais.

Em 2023, ela voltou a ser alvo de um atentado quando sua equipe de segurança encontrou mais de 7 quilos de materiais explosivos na entrada da residência de sua família.

Nicolás Maduro

Em agosto de 2018, o presidente venezuelano sofreu uma tentativa de assassinato ao ser atacado com drones. Enquanto Maduro discursava em um desfile militar na Avenida Bolívar, uma das principais vias de Caracas, o som de uma explosão dispersou civis e soldados.

Câmeras capturaram imagens da confusão generalizada –fumaça pela cidade, soldados se espalhando e guarda-costas saltando para proteger o presidente.

Mais tarde, a investigação revelou que dois pequenos drones que estavam sobrevoando o evento explodiram. Nenhum deles estava perto o suficiente para causar danos letais, embora sete membros da Guarda Nacional tenham ficado feridos. Maduro saiu ileso do ataque e disse que se tratavam de fogos de artifício.

Fernando Villavicencio

O candidato à presidência do Equador de 59 anos foi morto a tiros em 9 de agosto de 2023, durante um ato político na capital Quito. Ao menos outras 7 pessoas ficaram feridas  Villavicencio foi baleado 3 vezes no momento em que saía de um comício rumo a seu carro.

Dias depois, a viúva de Fernando Villavicencio, Verónica Sarauz, estava também em Quito quando foi abordada por um criminoso armado. Verónica estava em um carro quando o criminoso tentou atacá-la. Ela não foi atingida

De acordo com a polícia, um homem de origem venezuelana foi preso suspeito do crime - os responsáveis pela morte de Villavicencio também eram estrangeiros, da Colômbia, segundo a polícia.

Acompanhe tudo sobre:Terrorismo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame