Biden sancionará plano de infraestrutura de US$1 tri
A medida deve criar empregos em todo o país, distribuindo bilhões de dólares para governos estaduais e locais para consertar pontes e estradas em ruínas e expandir o acesso à Internet de banda larga para milhões de americanos
André Lopes
Publicado em 15 de novembro de 2021 às 15h18.
Última atualização em 15 de novembro de 2021 às 15h19.
Precisando de um impulso político, o presidente Joe Biden vai sancionar um plano de infraestrutura de 1 trilhão de dólares nesta segunda-feira, 15, em uma cerimônia que deve atrair democratas e alguns republicanos que foram fundamentais para a aprovação da legislação no Congresso.
A Casa Branca disse no domingo que Biden nomeou o ex-prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, para supervisionar a implementação do esforço de infraestrutura.
A cerimônia, programada para ser realizada no gramado sul da Casa Branca para acomodar uma grande multidão, representa um caso cada vez mais raro em que membros de ambos os partidos se dispõem a ficar juntos e comemorar uma conquista bipartidária.
O projeto se tornou um pára-raios partidário, com os republicanos reclamando que os democratas que controlam a Câmara dos Deputados atrasaram sua aprovação para garantir o apoio do partido à política social de Biden de 1,75 trilhão de dólares e à legislação de mudança climática, que os republicanos rejeitam.
Os 13 republicanos da Câmara que romperam as fileiras com seu partido para apoiar a medida foram visados pelo ex-presidente Donald Trump e alguns de seus próprios colegas.
A frase "semana de infraestrutura" se tornou um bordão de Washington durante os quatro anos de Trump na Casa Branca, quando planos de concentrar em investimentos em estradas, ferrovias e outros transportes foram repetidamente adiados ou abandonados.
Agora é Biden quem precisa de um impulso positivo enquanto luta para lidar com o aumento da inflação e os altos preços da gasolina, que contribuíram para a queda em seus índices de aprovação.
O presidente democrata e seu partido estão ansiosos para mostrar que podem avançar em sua agenda antes das eleições de novembro de 2022, quando os republicanos buscarão retomar o controle das duas câmaras do Congresso.