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Biden alerta China que agirá se soberania dos EUA for ameaçada

Ao mesmo tempo, presidente dos EUA absteve-se de usar linguagem belicista ao mencionar Xi Jinping, presidente chinês com quem se encontrou em novembro

Joe Biden: presidente afirmou que os EUA precisam de união para "ganhar a competição" com a China (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 06h05.

O presidente Joe Biden prometeu nesta terça-feira, 7, durante seu discurso sobre o Estado da União no Congresso, que não hesitaria em defender os interesses dos Estados Unidos contra a China , depois de ordenar que o Exército abatesse um suposto balão de vigilância, mas manteve as portas abertas para dialogar com Pequim.

Em seu discurso anual aos congressistas, muitos dos quais defendem uma linha mais dura com a China, Biden pediu investimento nas Forças Armadas, tecnologia e alianças para enfrentar Pequim, visto como o principal concorrente dos Estados Unidos .

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"Estou comprometido em trabalhar com a China onde for possível promover os interesses americanos e beneficiar o mundo", afirmou Biden. "Mas não se enganem: como deixamos claro na semana passada, se a China ameaçar nossa soberania, vamos agir para proteger nosso país. E foi o que fizemos", declarou entre aplausos.

Biden afirmou que os EUA precisam de união para "ganhar a competição" com a China.

"Não vou pedir desculpas por estarmos investindo para fazer os Estados Unidos mais fortes: investimento em inovação americana, em indústrias que definirão o futuro que a China pretende dominar".

Biden, porém, absteve-se de usar linguagem belicista ao mencionar pelo nome seu homólogo chinês, Xi Jinping, com quem se encontrou longamente em novembro na Indonésia.

O presidente democrata afirmou ter dito a Xi que busca "a competição, e não o conflito".

A China foi uma das poucas questões sobre política externa mencionadas por Biden em um discurso de uma hora, que aconteceu no momento em que o presidente cogita anunciar que concorrerá a reeleição em 2024.

Ele também prometeu apoio de longo prazo à Ucrânia, mas não mencionou o Irã, o conflito israelense-palestino, a Coreia do Norte ou o devastador terremoto desta semana na Turquia e na Síria.

Pentágono diz que China rejeitou conversas

Um caça americano derrubou um suposto balão chinês de vigilância no sábado, depois que objeto cruzou o Oceano Atlântico.

O episódio levou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a adiar uma visita a Pequim com o objetivo de diminuir as tensões, ao acusar a China de violar a soberania dos EUA.

Blinken afirmou que pretendia manter um cana de comunicação ativo com a China. Mas, no Pentágono, um porta-voz disse que Pequim recusou um pedido para conversar sobre o caso.

O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, solicitou uma ligação segura com seu homólogo chinês, Wei Fenghe, depois que Washington derrubou o balão, disse o general Pat Ryder.

"Infelizmente, o PRC rejeitou nosso pedido. Nosso compromisso de abrir linhas de comunicação continuará", acrescentou Ryder, referindo-se à República Popular da China.

A China afirma que era um balão de observação meteorológica itinerante sem propósito militar, mas Washington o classificou como um veículo espião de alta altitude que sobrevoou instalações militares ultrassecretas.

Austin e Wei se encontraram no Camboja em novembro passado, enquanto Washington e Pequim tentavam acalmar as tensões depois que uma visita a Taiwan da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, irritou a China.

O general Glen VanHerck, chefe do Comando Norte dos EUA, disse que um navio da Marinha inspeciona a área para recuperar os restos do balão, que tinha cerca de 60 metros de diâmetro e carregava equipamentos de mais de uma tonelada.

VanHerck afirmou que os restos do balão serão estudados cuidadosamente.

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