Bernanke: "EUA não crescem o suficiente para grande redução do desemprego"
Presidente do Fed acredita que ainda faltam muitos anos para o país diminuir a taxa de emprego a níveis normais
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 12h59.
Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, considera que os Estados Unidos não crescem suficientemente rápido para reduzir "de forma significativa" o desemprego, atualmente em 9,4%.
Segundo o texto do discurso que o titular do Fed pronunciará nesta sexta-feira no Senado, Bernanke defende o plano de compra de bônus de US$ 600 bilhões do banco central que considera necessário já que, segundo explicou, são precisos anos para que o emprego volte a níveis normais.
"A recuperação econômica que começou há um ano e meio continua, embora, por enquanto, a uma taxa que é insuficiente para reduzir de forma significativa a taxa de desemprego", destacou.
O Departamento de Trabalho indicou nesta sexta-feira que a taxa de desemprego caiu para 9,4% em dezembro, quatro décimos a menos que em novembro e o nível mais baixo desde maio de 2009.
Bernanke se mostrou moderadamente otimista, ao afirmar que ultimamente existem "crescentes sinais" de que a recuperação, tanto do consumo quanto da despesa das empresas, está se consolidando.
Ele destacou que a despesa real dos consumidores aumentou a uma taxa anual de 2,5% no terceiro trimestre de 2010 e acrescentou que os indicadores disponíveis sugerem que provavelmente avançou a um ritmo maior no quarto trimestre.
Além disso, ele ressaltou que apesar desses sinais positivos, o setor imobiliário segue "deprimido" devido ao ainda elevado número de imóveis vazios no mercado.
"Em conjunto, parece provável que o ritmo da recuperação econômica será moderadamente mais robusto em 2011 que em 2010", disse o titular do Fed.