Exame Logo

Berlusconi defende a economia italiana e o euro

O primeiro-ministro deu declarações enquanto a taxa de risco da Itália superava nesta terça-feira os 400 pontos básicos, situando-se nos níveis do início de agosto

Berlusconi: "o euro é nossa moeda. É preciso defendê-lo, ele é nossa bandeira" (Jacopo Raule/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 11h37.

Bruxelas - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, defendeu nesta terça-feira a solidez da economia italiana, reiterou sua firme determinação em adotar as medidas de ajuste e convocou a defesa do euro, a "bandeira" da Europa.

Em um breve comparecimento diante da imprensa ao lado do presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, com quem se reuniu nesta terça-feira em Bruxelas, Berlusconi afirmou que as bases econômicas da Itália são "boas", o déficit é o segundo mais baixo, as famílias italianas estão economizando e as empresas contendo seu déficit.

O primeiro-ministro deu estas declarações enquanto a taxa de risco da Itália superava nesta terça-feira os 400 pontos básicos, situando-se nos níveis do início de agosto. Além disso, o Tesouro italiano teve que leiloar bônus a 5 anos, por um valor de 3,86 bilhões de euros, com uma rentabilidade de 5,6%, o que representa o nível mais alto alcançado por este tipo de dívida desde a criação do euro.

Em mensagem que pretendia introduzir calma aos mercados, Berlusconi antecipou que o Parlamento aprovará definitivamente nesta quarta-feira o último plano de ajuste orçamentário para o próximo biênio, com um valor de perto de 54 bilhões de euros e com o qual se espera alcançar o equilíbrio orçamentário em 2013.

O premiê se mostrou tranquilo com seu programa de ajuste, mas investiu contra a oposição, à qual acusou de criticar o governo e suas medidas com o único objetivo de dar as costas ao Executivo e, com isso, "arruinar a imagem do país".

Neste sentido, reiterou a Van Rompuy sua "firme determinação" para conseguir o equilíbrio orçamentário em 2013, lembrando que seu governo promoveu a chamada "regra de ouro" para limitar o déficit na Constituição.

Berlusconi também reafirmou sua determinação em acompanhar as medidas de ajuste com iniciativas para fomentar o crescimento e relatou que o setor privado está contendo seu déficit e as famílias italianas estão economizando.

Quanto à crise da dívida na zona do euro, Berlusconi se posicionou favoravelmente a uma governança econômica includente e o mais transparente possível, e reiterou a necessidade de que a Europa "fale com uma voz única".

"O euro é nossa moeda. É preciso defendê-lo, ele é nossa bandeira", afirmou.

Já o presidente do Conselho Europeu avaliou o último e "ambicioso" pacote de ajustes orçamentários do governo italiano e afirmou que sua aprovação "é importante não só para a Itália, mas também para o conjunto da zona do euro".

Van Rompuy considerou "essenciais para a confiança dos mercados" a disciplina fiscal e as reformas empreendidas pela Itália para reforçar o crescimento.

Veja também

Bruxelas - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, defendeu nesta terça-feira a solidez da economia italiana, reiterou sua firme determinação em adotar as medidas de ajuste e convocou a defesa do euro, a "bandeira" da Europa.

Em um breve comparecimento diante da imprensa ao lado do presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, com quem se reuniu nesta terça-feira em Bruxelas, Berlusconi afirmou que as bases econômicas da Itália são "boas", o déficit é o segundo mais baixo, as famílias italianas estão economizando e as empresas contendo seu déficit.

O primeiro-ministro deu estas declarações enquanto a taxa de risco da Itália superava nesta terça-feira os 400 pontos básicos, situando-se nos níveis do início de agosto. Além disso, o Tesouro italiano teve que leiloar bônus a 5 anos, por um valor de 3,86 bilhões de euros, com uma rentabilidade de 5,6%, o que representa o nível mais alto alcançado por este tipo de dívida desde a criação do euro.

Em mensagem que pretendia introduzir calma aos mercados, Berlusconi antecipou que o Parlamento aprovará definitivamente nesta quarta-feira o último plano de ajuste orçamentário para o próximo biênio, com um valor de perto de 54 bilhões de euros e com o qual se espera alcançar o equilíbrio orçamentário em 2013.

O premiê se mostrou tranquilo com seu programa de ajuste, mas investiu contra a oposição, à qual acusou de criticar o governo e suas medidas com o único objetivo de dar as costas ao Executivo e, com isso, "arruinar a imagem do país".

Neste sentido, reiterou a Van Rompuy sua "firme determinação" para conseguir o equilíbrio orçamentário em 2013, lembrando que seu governo promoveu a chamada "regra de ouro" para limitar o déficit na Constituição.

Berlusconi também reafirmou sua determinação em acompanhar as medidas de ajuste com iniciativas para fomentar o crescimento e relatou que o setor privado está contendo seu déficit e as famílias italianas estão economizando.

Quanto à crise da dívida na zona do euro, Berlusconi se posicionou favoravelmente a uma governança econômica includente e o mais transparente possível, e reiterou a necessidade de que a Europa "fale com uma voz única".

"O euro é nossa moeda. É preciso defendê-lo, ele é nossa bandeira", afirmou.

Já o presidente do Conselho Europeu avaliou o último e "ambicioso" pacote de ajustes orçamentários do governo italiano e afirmou que sua aprovação "é importante não só para a Itália, mas também para o conjunto da zona do euro".

Van Rompuy considerou "essenciais para a confiança dos mercados" a disciplina fiscal e as reformas empreendidas pela Itália para reforçar o crescimento.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaItáliaPaíses ricosPersonalidadesPiigsPolíticosSilvio BerlusconiUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame