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Berlusconi diz que fica na política para reformar a justiça

O ex-primeiro-ministro foi condenado ontem a quatro anos de prisão por sua participação na venda de direitos de filmes superfaturados

Silvio Berlusconi: ele está sendo julgado em Milão por outros casos, entre eles acusações por prostituição de menores, em um processo conhecido como "Caso Ruby" (©AFP / Filippo Monteforte)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2012 às 10h44.

Roma - O ex-chefe do governo italiano Silvio Berlusconi anunciou neste sábado sua intenção de permanecer na política 'para reformar a atual justiça', depois que um Tribunal de Milão o condenou a quatro anos de prisão por uma fraude fiscal do grupo midiático Mediaset.

Berlusconi tinha anunciado nesta semana que não se apresentaria como líder de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), nas próximas eleições, previstas para abril de 2013.

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'Me sinto obrigado a seguir na política para reformar o mundo da justiça, para que outros cidadãos não passem o que ocorreu comigo', disse Berlusconi em entrevista à emissora 'Canale 5'.

Berlusconi, que esta semana anunciou que serão organizadas primárias para escolher o candidato do PDL nas próximas eleições gerais, não especificou que papel desempenhará na política e em seu partido.

O ex-primeiro-ministro foi condenado ontem a quatro anos de prisão e proibido de concorrer a cargos públicos por um período entre três e cinco anos por sua participação na venda de direitos de filmes superfaturados, no que ficou conhecido como caso Mediaset.

Berlusconi, no entanto, foi beneficiado por uma lei de indulto aprovada em 2006 e por isso sua sentença será de apenas um ano de prisão. A proibição de concorrer a cargos públicos só começará a valer após a validação da sentença, por isso é possível que o crime prescreva.

'Em Roma, o Supremo me absolveu totalmente pela mesma matéria. Como não isso não foi levado em conta?', disse Berlusconi, que voltou a atacar os juízes ao considerar que sua sentença foi motivada por motivos políticos.

Berlusconi disse que seu grupo midiático chegou a ter 56.000 empregados e que a evasão fiscal que ele teria praticado foi de '1%' do que a companhia pagou de impostos ao Estado'.

A deputada do PDL Daniela Santanchè, que anunciou que participará das primárias, encorajou após esta declaração Berlusconi a tentar a vaga do partido. EFE

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