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Berlim procura padrinhos para crianças e famílias refugiadas

O objetivo do órgão é encontrar 25 mil novos padrinhos neste ano capazes de criar laços estáveis com menores refugiados e também com famílias completas


	Refugiados: "Queremos apoiar famílias, mulheres, homens e crianças que fugiram a se integrar em nossa sociedade"
 (Gettyimages)

Refugiados: "Queremos apoiar famílias, mulheres, homens e crianças que fugiram a se integrar em nossa sociedade" (Gettyimages)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 10h32.

Berlim - Em meio à enxurrada de solicitações de asilo na Alemanha, o Ministério da Família resolveu buscar padrinhos, famílias acolhedoras e tutores para as crianças e para as famílias de refugiados no país, que recebeu no ano passado cerca de 1,1 milhão pedidos, sendo 59 mil de menores desacompanhados.

A titular da pasta, a social-democrata Manuela Schwesig, apresentou nesta terça-feira o programa "Gente apoiando Gente", dotado de 10 milhões de euros (quase R$ 45 milhões) para formar e acompanhar os voluntários e dar respaldo às organizações com programas de apadrinhamento.

"Queremos apoiar famílias, mulheres, homens e crianças que fugiram a se integrar em nossa sociedade e construir aqui um novo futuro", disse ela.

O objetivo do órgão é encontrar 25 mil novos padrinhos neste ano capazes de criar laços estáveis com menores refugiados e também com famílias completas.

A ministra lembrou que a integração exige mais do que proporcionar um curso de alemão, por exemplo, e ressaltou os benefícios do programa tanto para o refugiado quanto para o cidadão que se disponibilize a dedicar algumas horas a acompanhar o estrangeiro em seu novo país.

Segundo o texto, os padrinhos devem estar dispostos a manter um vínculo estável com o refugiado ou com a família para ajudar-lhes em sua vida diária, nos trâmites administrativos, na busca por um imóvel e na aprendizagem do idioma, embora não existam regras fixas e cada um possa escolher seu modo de relação.

O segundo pilar do programa trata das "famílias acolhedoras", pensadas de forma específica para que os menores não acompanhados possam dar seus primeiros passos na Alemanha dentro de um lar de fato e não se vejam obrigados a viver em uma instituição pública.

Nesse caso, o tutor legal da criança continuará sendo o Estado, mas o Ministério ressaltou que existe a possibilidade de a pessoa se transformar em tutor de um menor refugiado, mediante trâmites na Justiça.

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