Bélgica confirma que homem detido é francês e portava armas
Detido conduzia por essa cidade do norte da Bélgica "a uma velocidade muito elevada" nos arredores de uma praça em Antuérpia
EFE
Publicado em 23 de março de 2017 às 12h32.
Bruxelas - A procuradoria federal da Bélgica confirmou nesta quinta-feira que o homem detido em Antuérpia após entrar em alta velocidade com seu veículo no principal bulevar da cidade é um francês que levava no porta-malas armas brancas, uma escopeta atordoante e uma vasilha "com conteúdo indeterminado".
O órgão também indicou que se trata de Mohammed R., nascido em 1977, com nacionalidade francesa e domiciliado na França, segundo um comunicado.
O detido conduzia por essa cidade do norte da Bélgica "a uma velocidade muito elevada" nos arredores do bulevar, volta das 10h45 da manhã, pondo "em perigo" os pedestres, e fugiu quando um grupo de militares tentou interceptar o veículo, acrescentou o Ministério Público.
"À vista dos primeiros elementos recolhidos e levando em conta o ocorrido ontem em Londres, o caso está nas mãos da procuradoria federal", indicou o órgão ministerial belga, que ressaltou que não dará mais dados "no interesse da investigação".
Os serviços de Defesa da Bélgica estão analisando neste momento o veículo interceptado.
Segundo a emissora pública "VRT", o homem é conhecido pelas autoridades por posse ilegal de armas.
O chefe de polícia da Antuérpia, Serge Muyters, afirmou que "os pedestres tiveram que pular para fugir do carro", que não deixou feridos.
"Nossos colegas de Defesa o localizaram e tentaram detê-lo, mas o motorista estava fora de controle e passou por um semáforo vermelho" em direção ao rio, acrescentou.
Muyters ressaltou que "há vigilância reforçada nos lugares movimentados da cidade" e que pediu "pessoal extra" ao Ministério da Defesa.
Na área se posicionou também uma equipe de policiais e a Polícia Judicial Federal abriu uma investigação.
O incidente de Antuérpia acontece um dia após um atentado com um veículo no centro de Londres que deixou três mortos e foi reivindicado pelo grupo terrorista do Estado Islâmico.
Ontem foi também o primeiro aniversário dos atentados jihadistas contra o aeroporto e a rede de metrô de Bruxelas, nos quais três terroristas suicidas assassinaram 32 pessoas.