BDS pede que Rolling Stones não toquem em Tel Aviv
Movimento de Boicote, Sanção e Desinvestimento (BDS) diz em comunicado para que grupo britânico não se apresente "na segregacionista Israel"
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 15h47.
Jerusalém - O movimento de Boicote, Sanção e Desinvestimento (BDS) em Israel pediu nesta terça-feira ao grupo britânico The Rolling Stones que não toque no país, poucas horas antes do fechamento da data para o concerto marcado para 4 de junho em Tel Aviv.
"As organizações palestinas pedem que os The Rolling Stones não toquem na segregacionista Israel e não aprovem (assim) as violações do direito internacional e dos Direitos Humanos contra o povo palestino", assinalou em comunicado Rafeef Ziadah, porta-voz do Comitê Nacional do BDS.
Dias atrás, já circulavam rumores sobre a possível visita da banda ao país, embora ainda não havia confirmação de data e o evento não figurava no calendário da turnê "On Fire", postado no site oficial do grupo.
Finalmente, o produtor israelense Shuki Weiss anunciou ontem que o parque Yarkon de Tel Aviv foi reservado para 4 de junho para o evento, notícia divulgada pela edição digital do jornal "Yedioth Ahronoth", e que causou a rejeição imediata do movimento de boicote.
"Por que qualquer artista com consistência moral aceitaria atuar em um país que está tão profundamente envolvido em crimes de guerra e violações dos Direitos Humanos?", questionou Ziadah em sua nota.
A poetisa palestina lembrou que no caso dos Rolling Stones, estes além disso, "tiveram um grande papel ao aplicar um boicote cultural na África do Sul do apartheid"
"Atuar em Israel neste tempo é moralmente equivalente a fazê-lo na África do Sul nesse período. Qualquer atuação dos Rolling Stones em Israel serviria para esta campanha de mudança de marca e será usada como ferramenta propagandista pelo Estado israelense", acusou Ziada.
Segundo o mesmo comunicado, são várias os grupos de música e artistas como Gill Scott Heron, os Klaxons, Faithless e Massive Attack que cancelaram suas atuações após serem contatados pelo movimento.
Os promotores do mesmo reivindicam pressão internacional sobre Israel até conseguir o fim da ocupação dos territórios capturados em 1967.
Além disso, o movimento defende o direito ao retorno dos refugiados palestinos expulsos de seus lares nas sucessivas guerras.
"Se sua atuação seguir adiante, The Rolling Stones serão tristemente conhecidos por ser um dos poucos artistas que ainda querem tocar em Israel apesar de seus sistema de ocupação, colonização e apartheid", lamentou Ziadah em sua declaração.
Por sua vez, o conhecido produtor Weiss, encarregado de organizar o evento, assegurou não ter palavras para "um evento desta tamanho" no país e informou que as entradas serão colocadas à venda em 30 de março a partir de 695 shekels (US$ 200).
Jerusalém - O movimento de Boicote, Sanção e Desinvestimento (BDS) em Israel pediu nesta terça-feira ao grupo britânico The Rolling Stones que não toque no país, poucas horas antes do fechamento da data para o concerto marcado para 4 de junho em Tel Aviv.
"As organizações palestinas pedem que os The Rolling Stones não toquem na segregacionista Israel e não aprovem (assim) as violações do direito internacional e dos Direitos Humanos contra o povo palestino", assinalou em comunicado Rafeef Ziadah, porta-voz do Comitê Nacional do BDS.
Dias atrás, já circulavam rumores sobre a possível visita da banda ao país, embora ainda não havia confirmação de data e o evento não figurava no calendário da turnê "On Fire", postado no site oficial do grupo.
Finalmente, o produtor israelense Shuki Weiss anunciou ontem que o parque Yarkon de Tel Aviv foi reservado para 4 de junho para o evento, notícia divulgada pela edição digital do jornal "Yedioth Ahronoth", e que causou a rejeição imediata do movimento de boicote.
"Por que qualquer artista com consistência moral aceitaria atuar em um país que está tão profundamente envolvido em crimes de guerra e violações dos Direitos Humanos?", questionou Ziadah em sua nota.
A poetisa palestina lembrou que no caso dos Rolling Stones, estes além disso, "tiveram um grande papel ao aplicar um boicote cultural na África do Sul do apartheid"
"Atuar em Israel neste tempo é moralmente equivalente a fazê-lo na África do Sul nesse período. Qualquer atuação dos Rolling Stones em Israel serviria para esta campanha de mudança de marca e será usada como ferramenta propagandista pelo Estado israelense", acusou Ziada.
Segundo o mesmo comunicado, são várias os grupos de música e artistas como Gill Scott Heron, os Klaxons, Faithless e Massive Attack que cancelaram suas atuações após serem contatados pelo movimento.
Os promotores do mesmo reivindicam pressão internacional sobre Israel até conseguir o fim da ocupação dos territórios capturados em 1967.
Além disso, o movimento defende o direito ao retorno dos refugiados palestinos expulsos de seus lares nas sucessivas guerras.
"Se sua atuação seguir adiante, The Rolling Stones serão tristemente conhecidos por ser um dos poucos artistas que ainda querem tocar em Israel apesar de seus sistema de ocupação, colonização e apartheid", lamentou Ziadah em sua declaração.
Por sua vez, o conhecido produtor Weiss, encarregado de organizar o evento, assegurou não ter palavras para "um evento desta tamanho" no país e informou que as entradas serão colocadas à venda em 30 de março a partir de 695 shekels (US$ 200).