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BCE emprestará dinheiro a bancos a 3 anos pela primeira vez

A finalidade é aquecer o fluxo creditício a empresas e famílias

A operação será realizada mediante um procedimento de leilão com adjudicação plena e a uma taxa de juros fixa (AFP)

A operação será realizada mediante um procedimento de leilão com adjudicação plena e a uma taxa de juros fixa (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 10h48.

Berlim - Em uma medida sem precedentes, o Banco Central Europeu emprestará nesta quarta-feira aos bancos da zona do euro todo o crédito que necessitem a três anos e em condições muito vantajosas, com o fim de aquecer o fluxo creditício a empresas e famílias.

Esta é a primeira das duas operações com vencimento a três anos (36 meses) que a instituição financeira vai realizar pela primeira vez em sua história para garantir liquidez a longo prazo na zona do euro. A segunda será em fevereiro.

A operação será realizada mediante um procedimento de leilão com adjudicação plena e a uma taxa de juros fixa, que será indexada à média à qual ficar situada a taxa de juros reitora do BCE no período em que o empréstimo estiver em vigor.

Atualmente, as taxas de juros estão fixadas em 1% na zona do euro, mas ao longo dos três próximos anos podem ocorrer mudanças.

Espera-se que a participação neste leilão seja 'muito elevada', segundo Christoph Rieger, analista do Commerzbank, a segunda maior entidade financeira alemã por ativos.

A pergunta crucial é em que medida o BCE vai a facilitar o financiamento de Estados com dificuldades através do canal bancário, acrescentou Rieger.

Os analistas calculam que a demanda de liquidez dos bancos na quarta-feira se situará entre 160 bilhões e 250 bilhões de euros.

Alguns analistas consideram que é possível que alguns bancos façam empréstimos com o BCE a condições muito baratas para comprar dívida soberana de países periféricos com vencimentos a dois ou três anos, o que oferece uma rentabilidade muito mais elevada.

Nos mercados, ainda existe a ameaça da agência de classificação de risco Standard & Poor's de reduzir a nota da dívida soberana dos países da zona do euro, inclusive dos que gozam do triplo A. 

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