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Banco do Japão amplia seu programa de compra de ativos para injetar liquidez

O BOJ ampliou o programa para adquirir 50 trilhões de ienes, o equivalente a 441 bilhões de euros

Após a operação, o iene caiu de 77 a 78 unidades frente ao dólar e de 110 a 112 unidades com relação ao euro (Teresa Barraclough/AFP)

Após a operação, o iene caiu de 77 a 78 unidades frente ao dólar e de 110 a 112 unidades com relação ao euro (Teresa Barraclough/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 20h37.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) decidiu nesta quinta-feira expandir seu programa de compra de ativos para 50 trilhões de ienes (441 bilhões de euros), com o objetivo de injetar liquidez no mercado e estimular o crescimento, enquanto manteve as taxas de juros entre 0% e 0,1%.

As medidas do BOJ foram anunciadas poucas horas depois de o Governo do Japão ter intervindo no mercado de divisas para frear a apreciação do iene, que se encontrava em seu nível mais alto frente ao dólar em quatro meses e próximo de seu máximo no pós-guerra.

Após a operação, o iene caiu de 77 a 78 unidades frente ao dólar e de 110 a 112 unidades com relação ao euro.

Em sua reunião mensal, que o BOJ reduziu a apenas um dia em vez dos dois frequentes, a entidade assinalou que espera que a economia do Japão, afetada pelo terremoto e o tsunami de março, volte ao caminho de uma "recuperação moderada", embora tenha admitido que a apreciação do iene é prejudicial.

Boa parte do crescimento da terceira maior economia do mundo se baseia nas empresas exportadoras, que veem seriamente reduzida sua competitividade e seu lucro no exterior com uma moeda local forte.

Para impulsionar a recuperação econômica do país, o Banco do Japão decidiu ampliar o fundo de seu programa de compra de ativos de 40 trilhões para 50 trilhões de ienes (de 353 bilhões para 441 bilhões de euros).

Este programa, estabelecido no ano passado, é voltado à compra de ativos como fundos fiduciários e valores vinculados à renda variável, a fim de ampliar a injeção de liquidez no mercado e reforçar a confiança dos investidores, no marco de uma política de flexibilização monetária.

Embora tenha destacado que após o desastre de março as exportações aumentaram novamente, o BOJ admitiu que ainda há uma grande incerteza, enquanto a preocupação sobre a consolidação fiscal dos Estados Unidos ainda não se dissipou.

Além disso, os mercados financeiros ainda enfrentam pressão pelos problemas de dívida na Europa, ao tempo que nas economias emergentes há "um alto grau de incerteza" sobre sua capacidade de equilibrar crescimento com estabilidade de preços, assinalou a entidade ao fim da reunião.

O BOJ indicou que continuará com sua política dirigida à flexibilização monetária, à estabilidade do mercado financeiro e ao fortalecimento das bases do crescimento econômico.

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