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Avião da Malaysia voou por 4 horas após sumiço, dizem EUA

Boeing da Malaysia Airlines teria voado por horas após alguém desligar propositalmente o transponder, evitando a detecção pelos radares


	Missão de resgate de avião desparecido na Malásia: avião poderia ter voado por horas após sumiço
 (REUTERS/Kham)

Missão de resgate de avião desparecido na Malásia: avião poderia ter voado por horas após sumiço (REUTERS/Kham)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 24 de abril de 2014 às 07h53.

São Paulo – Para investigadores americanos, o voo 370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 7, voou por mais quatro horas após sumir dos radares.

Segundo o Wall Street Journal, investigações nos EUA apontam que, após dar a sua última coordenada de localização, cerca de uma horas após a decolagem de Kuala Lumpur, o Boeing ainda teria voado por horas.

As informações foram passadas por duas pessoas anônimas, muito próximas das investigações.

Para eles, o avião voou um total de cinco horas, baseado nos dados enviados automaticamente para a BoeingCo.

Durante os voos, as aeronaves mandam dados automáticos para a companhia, que os utiliza para um programa de monitoramento e manutenção.

Isso poderia explicar por que nenhuma pista do avião foi encontrada até agora, mesmo com uma extensa área de busca na região da Malásia, Vietnã e China.

Se ele se desviou da rota durante quatro horas, teria se afastado muito da atual região.

Oficiais americanos da unidade de contraterrorismo trabalham com a possibilidade de que o piloto ou outra pessoa a bordo desviou o avião da rota propositalmente após desligar o transponder, evitando a detecção pelos radares.

Para eles, a rota foi desviada “com a intenção de se usar isso posteriormente, para outro fim”. Algo poderia ter dado errado depois disso.

A companhia nega

A Malaysia Airlines, por sua vez, negou as informações do Wall Street Journal imediatamente, já que eles seguem outra linha de investigação.

A companhia garante que o avião não enviou mais dados após sumir dos radares. 

Contudo, somente a Rolls Royce, que fabrica os motores da aeronave, poderia negar ou confirmar as informações do jornal, pois este diz que os dados automáticos dos motores foram enviados à BoeingCo., não que dados do voo foram enviados diretamente à companhia aérea.

Por enquanto, a Rolls Royce não se manifestou sobre as informações.

Pistas

Ontem, um trabalhador de uma plataforma de petróleo na costa do Vietnã mandou um email às autoridades relatando que viu um avião em chamas no ar.

Um satélite chinês também fotografou três objetos boiando no mar, indicando que poderiam ser pedaços do avião. Mas as autoridades disseram que checaram a área e não encontraram nada.

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