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Austrália reforça restrições no dia mais preocupante da pandemia

Variante Delta avança pelo país, que entra na oitava semana de confinamento; apenas um quarto dos australianos estão totalmente vacinados.

Ruas amanhecem vazias neste sábado, 14, em Sdyney, na Austrália, no pior dia da pandemia (SAEED KHAN/AFP via Getty Images/Getty Images)

Ruas amanhecem vazias neste sábado, 14, em Sdyney, na Austrália, no pior dia da pandemia (SAEED KHAN/AFP via Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de agosto de 2021 às 09h47.

As restrições vão ser reforçadas em Sydney, a maior cidade da Austrália que entra em sua oitava semana de confinamento, anunciaram neste sábado (14) as autoridades, que lamentaram "o dia mais preocupante desde o início da pandemia".

Por muito tempo, a Austrália se manteve em uma situação segura em relação ao controle da pandemia de coronavírus. Mas agora é atingida por um surto de contaminações, provocado principalmente pela variante Delta, que ameaça a sua estratégia de "covid zero".

Mais de 10 milhões de habitantes estão confinados, especialmente nas duas maiores cidades do país, Sydney e Melbourne, bem como na capital Canberra.

E a partir de segunda-feira, as pessoas que não cumprirem as restrições enfrentarão pesadas multas, já que as medidas tomadas até agora não conseguiram conter a propagação da epidemia.

As medidas de confinamento também foram estendidas a todo o estado de Nova Gales do Sul pela primeira vez este ano. E entraram em vigor na tarde deste sábado por um período mínimo de sete dias.

As patrulhas policiais e os postos de controle serão reforçados, enquanto centenas de soldados serão responsáveis por garantir o estrito cumprimento do confinamento.

Neste sábado, um número recorde de casos de coronavírus, 466, foi registrado no estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso do país.

"Hoje temos o dia mais preocupante desde o início da pandemia", disse a primeira-ministra de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, em entrevista coletiva.

Chamando os esforços para conter a epidemia de uma "guerra" contra a "maligna" variante Delta, Berejiklian afirmou que a Austrália enfrenta uma séria ameaça.

"Por um tempo, pensamos que a Austrália era diferente de outras partes do mundo, mas não é", ressaltou.

Mick Fuller, o chefe de polícia do estado, anunciou que pediu mais poderes aos policiais para que possam lidar com aqueles que violam as restrições.

Os mais de cinco milhões de habitantes da maior cidade do país só podem sair de casa para praticar esportes, trabalhar - se o trabalho for considerado imprescindível - ou para fazer compras.

A polícia redobrará seus esforços para fazer cumprir as restrições, disse ele.

As regras para deixar Sydney também foram reforçadas para evitar que o surto se espalhe para outras áreas.

Mais de 7.300 casos e 43 mortes foram registrados no estado de Nova Gales do Sul desde o início deste surto devido à variante Delta em meados de junho.

Vozes começam a se levantar no país para denunciar a lentidão da campanha de vacinação. Apenas um quarto dos australianos estão totalmente vacinados.

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