Mundo

Atrizes criticam posição republicana frente ao aborto

O anúncio, dirigido pelo cineasta Rob Reiner, será transmitido em todo o país, principalmente durante programas dirigidos às mulheres

Scarlett Johansson sustenta no anúncio que "há republicanos que tentam redefinir o que é uma violação" (Reprodução/YouTube)

Scarlett Johansson sustenta no anúncio que "há republicanos que tentam redefinir o que é uma violação" (Reprodução/YouTube)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 20h23.

Los Angeles - As atrizes Scarlett Johansson, Eva Longoria e Kerry Washington gravaram um anúncio no qual criticam, abertamente, algumas posições dos republicanos com relação às mulheres, como o aborto, anunciou nesta segunda-feira o grupo liberal "MoveOn.org".

O anúncio, dirigido pelo cineasta Rob Reiner (Harry e Sally - Feitos um para o outro), será transmitido em todo o país, principalmente durante programas dirigidos às mulheres.

"Quero falar com vocês sobre as mulheres", afirma Scarlett Johansson no começo do anúncio, seguida por Kerry Washington, que acrescenta: "E sobre Mitt Romney".

"Mitt Romney pretende acabar com os fundos para o grupo de planejamento familiar, Planned Parenthood", prossegue Eva Longoria, seguida por Scarlett: "Incluindo os tratamentos contra o câncer".

Kerry Washington continua a mensagem sustentando que Romney, caso chegue ao poder, anulará a lei que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973, apesar de o candidato republicano à presidência ter comentando, nas últimas semanas, que não pretende modificá-la.


Além disso, Scarlett Johansson sustenta no anúncio que "há republicanos que tentam redefinir o que é uma violação", enquanto Eva Longoria critica as mesmas pessoas que "tentam forçar as mulheres a se submeterem a exames agressivos".

O anúncio é concluído primeiramente com a voz de Scarlett. "Se você pensa que essa eleição não afetará sua vida, pense novamente". Logo depois, Kerry Washington e Eva Longoria dizem "vote", seguidas por Scarlett, "vote em Barack Obama".

Por sua vez, o diretor do anúncio, Rob Reiner disse, em comunicado, que acha que tanto Romney como Paulo Ryan, o candidato republicano à vice-presidência, "acabarão com os direitos das mulheres" se forem eleitos em novembro.

"Estaríamos falando de se desfazer do direito ao aborto, aos métodos anticoncepcionais e ao acesso aos exames necessários. Como marido, filho e pai, não posso permitir que isso aconteça", afirmou Reiner.


Romney esclareceu recentemente que não tem intenção de modificar a lei do aborto, mas recalcou que continua sendo "pró-vida" em relação ao tema. Vale lembrar que o candidato mudou de opinião ao longo de sua corrida política.

"Sou um candidato "pró-vida" e serei um presidente "pró-vida", disse no último dia 11, em referência a sua oposição em permitir a interrupção da gravidez na maioria dos casos.

O republicano mantém uma oposição total ao "Planned Parenthood", um sistema de clínicas de planejamento familiar sem fins lucrativos, dizendo que não continuará doando fundos públicos federais.

Além disso, Romney reiterou que irá reinstaurar uma iniciativa para deixar de dar fundos a organizações americanas que promovam o aborto em países estrangeiros.

Assista ao vídeo:

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasMitt RomneyPartido Republicano (EUA)Políticos

Mais de Mundo

Eleições nos EUA: vice de Trump, Vance promete recuperar indústria em estados cruciais na disputa

Solto da prisão de manhã, Peter Navarro é ovacionado na convenção republicana à noite

Biden tem grandes chances de desistir no fim de semana, dizem democratas em Washington

Fotos de ataque a Trump são usadas para vender bíblias e camisetas na Convenção Republicana

Mais na Exame