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Ativistas turcos farão Marcha do Orgulho Gay apesar de proibição

A polícia já posicionou agentes pela área, no centro de Istambul, e começou a fechar numerosos acessos à rua em que o evento está planejado

Istambul: a marcha do Orgulho Gay é realizada em Istambul desde 2003 (Murad Sezer/Reuters)

Istambul: a marcha do Orgulho Gay é realizada em Istambul desde 2003 (Murad Sezer/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de junho de 2017 às 11h30.

Istambul - Os coletivos de defesa dos direitos dos homossexuais da Turquia reafirmaram neste domingo sua decisão de reunir-se esta tarde no centro de Istambul, apesar da proibição da Marcha do Orgulho Gay.

"Todas as associações decidiram manter o evento na rua Istiklal. Queremos fazer um encontro pacífico", disse hoje um porta-voz da KAOSGL, uma das maiores organizações de ativistas do coletivo de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais (LGBTI) da Turquia.

"Acreditamos que a polícia nos dispersará; então fugiremos e nos reagruparemos nas ruas laterais. A polícia nos tirará dali, e escaparemos de novo para reagrupar-nos tantas vezes quanto for possível", antecipou o ativista em declarações à Agência Efe.

A polícia turca já posicionou agentes pela área, em pleno centro de Istambul, e começou a fechar numerosos acessos à rua, coração comercial da cidade.

O escritório do governador de Istambul anunciou ontem a proibição da marcha "pela segurança dos turistas e dos próprios participantes", lembrando que alguns setores ultranacionalistas e islamitas tinham ameaçado impedir a marcha.

Além disso, alegou não ter recebido uma solicitação oficial para autorizar a manifestação, mas o comitê organizador da marcha respondeu que tal solicitação foi feita no último dia 5 de junho.

A marcha do Orgulho Gay é realizada em Istambul desde 2003 e foi crescendo em importância até reunir cerca de 15.000 pessoas em 2014, sempre em um ambiente alegre e festivo.

Em 2015, no entanto, a polícia proibiu pela primeira vez o desfile e dispersou os participantes utilizando gás lacrimogêneo, atitude que se repetiu na marcha pelos direitos dos transexuais no ano passado, realizada também em junho.

Após estas intervenções policiais e a proibição de desfilar, os coletivos decidiram cancelar a Marcha do Orgulho Gay do ano passado.

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