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Ativistas de Hong Kong prometem era de desobediência civil

Manifestantes protestam contra a decisão de Pequim de manter sob seu controle a nomeação de candidatos ao cargo de chefe do governo local

Benny Tai, líder do movimento Occupy Central, participa de ato pró-democracia em Hong Kong, em 31 de agosto de 2014 (Alex Ogle/AFP)

Benny Tai, líder do movimento Occupy Central, participa de ato pró-democracia em Hong Kong, em 31 de agosto de 2014 (Alex Ogle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2014 às 15h40.

Hong Kong - Ativistas pró-democracia de Hong Kong prometeram neste domingo embarcar em uma "era de desobediência civil", depois que Pequim decidiu manter sob seu controle a nomeação de candidatos ao cargo de chefe do governo local.

O comitê permanente da Assembleia Nacional Popular chinesa (ANP, Parlamento) decidiu neste domingo que o próximo chefe do executivo de Hong Kong será eleito por sufrágio universal em 2017, mas os candidatos deverão contar com a aprovação da maioria dos 1.200 membros de "um comitê de ampla representatividade".

Os ativistas pró-democracia temem que com este novo sistema Pequim exclua da lista de candidatos seus opositores e exigem liberdade total na apresentação de candidatos.

Desde a devolução de Hong Kong à China, em 1997, o número um do governo local é eleito por um comitê de eleitores majoritariamente favoráveis a Pequim.

O grupo, chamado Occupy Central with Love and Peace, disse que a decisão de Pequim anunciada neste domingo põe fim a qualquer esperança de compromisso entre o governo central e os ativistas.

"Um novo capítulo se abre em Hong Kong. Chegou a era da desobediência civil", disse Benny Tai, líder do Occupy, aos manifestantes em um palco adornado com a palavra "Desobediência" escrita em chinês.

Os ativistas anunciaram sua intenção de ocupar o distrito financeiro de Hong Kong, mas não informaram quando.

"Estamos dispostos a organizar nossas ações de protesto por ondas", havia alertado Tai antes da reunião da ANP. "Ocuparemos as principais artérias de Hong Kong no Central", o distrito financeiro, disse.

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