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Ataques matam 46 na Síria

Foram encontrados 17 corpos, supostamente de soldados desertores, na prisão de Idlib, segundo um grupo opositor

Embora o grupo opositor não tenha registrado por enquanto nenhuma vítima no bastião opositor de Homs, assediado há 20 dias, os bombardeios prosseguem e derrubaram várias casas. (AFP)

Embora o grupo opositor não tenha registrado por enquanto nenhuma vítima no bastião opositor de Homs, assediado há 20 dias, os bombardeios prosseguem e derrubaram várias casas. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 16h49.

Cairo - Pelo menos 46 pessoas morreram nesta quinta-feira na Síria em diferentes ataques das forças do regime do presidente, Bashar al Assad, enquanto 17 corpos, supostamente de soldados desertores, foram encontrados em uma prisão de Idlib (norte), segundo um grupo opositor.

Os Comitês de Coordenação Local (CCL) informaram que a ofensiva mais sangrenta aconteceu na província central de Hama, onde morreram 24 pessoas, entre elas sete bebês prematuros e seis membros de uma mesma família.

Já o grupo opositor Comissão Geral da Revolução disse que os membros da família foram executados e que ninguém se salvou.

Além disso, sete bebês prematuros morreram nas incubadoras de um hospital por um corte de eletricidade prolongado, disse à Agência Efe de Hama o ativista Saleh al Hamaui.

O outros mortos por causa da repressão foram registrados, segundo os CCL, em distintas províncias do leste (nove), sul (cinco), centro (quatro) e norte (quatro).

Em uma localidade de Deir ez Zor, as forças do regime dispararam de veículos militares contra uma manifestação. Já em Deraa, uma das duas vítimas é um menor de idade, que morreu na campanha lançada pelas tropas do regime contra a cidade.


Embora o grupo opositor não tenha registrado por enquanto nenhuma vítima no bastião opositor de Homs, assediado há 20 dias, os bombardeios prosseguem e derrubaram várias casas.

Além disso, as tropas do regime tentaram entrar em Rastan, o que suscitou violentos enfrentamentos com soldados desertores.

Sobre os corpos encontrados na prisão de Jabal al Zauya, em Idlib, os CCL afirmaram que ainda não puderam ser identificados, mas os moradores da região dizem que a maioria é de soldados desertores.

Estes fatos coincidem com o ataque lançado pelo rebelde Exército Livre Sírio (ELS) contra um centro das forças de segurança sírias e dos 'shabiha' (pistoleiros do regime), situado a dois quilômetros da fronteira com a Turquia.

Segundo disse à Agência Efe o 'número dois' do ELS, Malek al-Kurdi, o ataque causou 35 vítimas, entre mortos e feridos.

Os opositores sírios calculam que mais de 8.500 pessoas morreram pela repressão governamental desde o início dos protestos na Síria em março, enquanto o regime culpa supostos grupos terroristas da responsabilidade pela violência.

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