Ataque no Sri Lanka: terroristas eram de classe média e estudaram fora
Explosões suicidas mataram ao menos 359 pessoas e feriram 500. Estado Islâmico reivindicou autoria do ataque
Gabriela Ruic
Publicado em 24 de abril de 2019 às 10h18.
Última atualização em 24 de abril de 2019 às 10h25.
São Paulo – Os terroristas envolvidos no ataque no Sri Lanka eram de classe média ou alta, mantinham ligações internacionais e eram bem-educados, informou o governo do país na manhã desta quarta-feira. Entre eles, há quem tivesse estudado no Reino Unido e na Austrália e a maioria era de famílias de classe média ou alta, financeiramente estáveis.
Até o momento, 58 pessoas foram detidas por ligações com a onda de explosões suicidas que abalou a capital, Colombo, no último domingo, 21 de abril. Autoridades do Sri Lanka advertiram, ainda, que há nove suspeitos foragidos, mas armados com explosivos, o que aumenta o temor de que novos atentados ainda possam acontecer.
Ataque no Sri Lanka
O último domingo, dia 21 de abril e Páscoa, foi de terror em Colombo. Naquele dia, atentados terroristas conduzidos por homens-bomba foram realizados contra hotéis de luxo e igrejas, atingindo turistas e cidadãos do país. Nesta quarta-feira, 24, o número de mortes chegou a 359 e o número de feridos a 500.
O ataque, contudo, era previsto por autoridades, que receberam alertas dos serviços de inteligência da Índia duas semanas antes e na noite anterior aos atentados. O governo agora investiga o porquê de nenhuma medida adicional de segurança ter sido tomada.
O grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados no Sri Lanka na última terça-feira, 23 de abril, em um comunicado que foi visto com ceticismo por especialistas. Acredita-se que as explosões possam ter sido inspiradas em ataques já conduzidos pelos militantes do EI , mas ainda não está claro se o grupo está envolvido ativamente na organização.