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Ataque contra escola deixa ao menos 22 mortos em Gaza; Israel diz que local era controlado por Hamas

Escola atacada é o Centro de Educação Primária Abu Hussein

Pessoas se reúnem do lado de fora de um prédio desabado enquanto tentam resgatar um homem debaixo dos escombros após o bombardeio israelense no distrito de Saftawi em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em 15 de outubro de 2024, em meio à guerra em curso no território palestino entre Israel e o Hamas (Omar AL-QATTAA/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 11h13.

Última atualização em 17 de outubro de 2024 às 11h16.

Ao menos 22 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, nesta quinta-feira, incluindo crianças, no bombardeio israelense contra uma escola no acampamento de deslocados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, segundo fontes médicas citadas e o governo do Hamas.

“A equipe médica do Hospital Kamal Adwan não pode cuidar do grande número de feridos e mártires que chegaram ao centro como resultado do ataque”, disseram fontes do hospital, que está sob cerco militar como no resto do norte de Gaza há 13 dias.

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A escola atacada é o Centro de Educação Primária Abu Hussein e, segundo a agência de notícias palestina "Wafa", várias tendas de campanha no pátio que abrigavam pessoas deslocadas foram queimadas em consequência dos bombardeios.

A escola é um centro da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), conforme confirmado pela entidade, que em um ano de guerra em Gaza perdeu em ataques 228 de seus trabalhadores, enquanto 190 de suas instalações sofreram danos, de acordo com sua própria contagem.

As Forças de Defesa de Israel (FDI), por sua vez,confirmaram o ataque em um comunicado militar, mas disse que o centro estava sendo usado como "centro de comando e controle" pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, e identificou 12 supostos milicianos que estavam na escola no momento do ataque.

“Esses terroristas estiveram envolvidos em ataques com foguetes contra o território israelense, bem como no planejamento e execução de ataques”, diz o texto sem oferecer mais detalhes.

Israel bombardeia regularmente escolas em Gaza, alegando que são utilizadas por milicianos, embora sejam normalmente protegidas pelo direito humanitário, tal como os hospitais.

Pelo 13º dia, tanques e tropas israelenses continuam sitiando o norte de Gaza, especificamente Jabalia, Beit Hanoun e Beit Lahia, onde mais de 400 pessoas já morreram em ataques de Israel e cerca de 400 mil habitantes de Gaza permanecem completamente isolados do resto do enclave.

Segundo fontes da defesa civil, cerca de 200 mil pessoas no acampamento de refugiados de Jabalia estão há 13 dias consecutivos sem conseguir comida, bebida ou medicamentos e a situação é catastrófica.

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