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Assange: Equador espera pronunciamento da OEA sobre "ameaça"

Apesar da concessão do asilo, o fundador do Wikileaks não pode abandonar a embaixada do país pois necessita de um salvo-conduto britânico

Manifestações pró-Assange: Assange, que se refugiou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, é requerido pela Suécia por estupro (Oli Scarff/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 15h01.

Quito - O Equador considera indispensável que a Organização dos Estados Americanos (OEA) se pronuncie perante a "ameaça" do Reino Unido de invadir a embaixada do país em Londres com o objetivo de prender o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange .

"Sabemos que a OEA tem limitações, complicações inclusive que foram produzidas por ações em períodos anteriores, mas achamos que, em um caso como este, é indispensável que haja uma reação, não por nós, mas pela OEA, que tem que reivindicar quando um país está sendo ameaçado", disse o chanceler Ricardo Patiño, em uma entrevista à "Gamavisión", nesta segunda-feira.

Patiño lembrou que no fim de semana, a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e a União de Nações Sul-americanas (Unasul) já reivindicaram perante a "ameaça" britânica e afirmou que é "indispensável que a OEA também faça a mesma coisa".

O equatoriano se referiu à reunião que os chanceleres da OEA farão na próxima sexta-feira, em Washington, para tratar da "ameaça" que Quito disse ter recebido por parte do Governo do Reino Unido, em uma carta enviada na quarta-feira, um dia antes que o asilo de Assange foi concedido.

Apesar da concessão do asilo, o fundador do Wikileaks, responsável pela divulgação de milhares de documentos secretos, especialmente dos Estados Unidos, não pode abandonar a embaixada do país pois necessita de um salvo-conduto britânico.

O governo do Reino Unido, por sua vez, insistiu que não concederá salvo-conduto a Julian Assange ao mesmo tempo que disse que tenta alcançar uma solução diplomática para o conflito.

"Sob nossa legislação, havendo esgotado todas as opções de apelação, somos obrigados a extraditá-lo para Suécia. É nossa obrigação", disse nesta segunda-feira o porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, em comunicado.

O chanceler Patiño reiterou que o Equador está aberto ao diálogo com o Governo do Reino Unido, mas insistiu que primeiro a ameaça deve ser retirada de forma "oficial".

"Atualmente a ameaça está vigente, nós recebemos este comunicado e não recebemos uma retirada do mesmo", indicou o titular da diplomacia equatoriana.

Assange, que se refugiou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, é requerido pela Suécia para responder às acusações por supostos delitos sexuais.

O Equador assinalou que outorgou o asilo perante a falta de garantias por parte do Reino Unido e da Suécia que Assange não seria extraditado a um terceiro país onde sua vida poderia correr perigo.

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Quito - O Equador considera indispensável que a Organização dos Estados Americanos (OEA) se pronuncie perante a "ameaça" do Reino Unido de invadir a embaixada do país em Londres com o objetivo de prender o fundador do Wikileaks, o australiano Julian Assange .

"Sabemos que a OEA tem limitações, complicações inclusive que foram produzidas por ações em períodos anteriores, mas achamos que, em um caso como este, é indispensável que haja uma reação, não por nós, mas pela OEA, que tem que reivindicar quando um país está sendo ameaçado", disse o chanceler Ricardo Patiño, em uma entrevista à "Gamavisión", nesta segunda-feira.

Patiño lembrou que no fim de semana, a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e a União de Nações Sul-americanas (Unasul) já reivindicaram perante a "ameaça" britânica e afirmou que é "indispensável que a OEA também faça a mesma coisa".

O equatoriano se referiu à reunião que os chanceleres da OEA farão na próxima sexta-feira, em Washington, para tratar da "ameaça" que Quito disse ter recebido por parte do Governo do Reino Unido, em uma carta enviada na quarta-feira, um dia antes que o asilo de Assange foi concedido.

Apesar da concessão do asilo, o fundador do Wikileaks, responsável pela divulgação de milhares de documentos secretos, especialmente dos Estados Unidos, não pode abandonar a embaixada do país pois necessita de um salvo-conduto britânico.

O governo do Reino Unido, por sua vez, insistiu que não concederá salvo-conduto a Julian Assange ao mesmo tempo que disse que tenta alcançar uma solução diplomática para o conflito.

"Sob nossa legislação, havendo esgotado todas as opções de apelação, somos obrigados a extraditá-lo para Suécia. É nossa obrigação", disse nesta segunda-feira o porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, em comunicado.

O chanceler Patiño reiterou que o Equador está aberto ao diálogo com o Governo do Reino Unido, mas insistiu que primeiro a ameaça deve ser retirada de forma "oficial".

"Atualmente a ameaça está vigente, nós recebemos este comunicado e não recebemos uma retirada do mesmo", indicou o titular da diplomacia equatoriana.

Assange, que se refugiou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, é requerido pela Suécia para responder às acusações por supostos delitos sexuais.

O Equador assinalou que outorgou o asilo perante a falta de garantias por parte do Reino Unido e da Suécia que Assange não seria extraditado a um terceiro país onde sua vida poderia correr perigo.

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