Secretário de Estado dos EUA, John Kerry: mas Assad "não vai fazer" isso, declarou Kerry (Susan Walsh/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 10h31.
Londres - O presidente da Síria, Bashar al-Assad, poderia evitar uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos caso entregasse todas suas armas químicas no prazo de uma semana, afirmou nesta segunda-feira em Londres o secretário de Estado americano, John Kerry.
Em uma entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, realizada na sede do Foreign Office, Kerry também fez questão de ressaltar que tem certeza que o regime sírio não entregará suas armas.
A Síria pode evitar um ataque "entregando cada uma das armas químicas à comunidade internacional na próxima semana", "todas e sem atraso", mas Assad "não vai fazer" isso, declarou Kerry.
O secretário de Estado americano acrescentou que ele e o presidente Barack Obama estão "totalmente de acordo" em relação ao fim do conflito na Síria em definitivo, fato que, segundo Kerry, "requer uma solução política".
"A solução não se encontra no campo de batalha, mas em uma mesa de negociações. No entanto, temos que chegar a essa mesa", precisou.
Kerry encerra hoje a viagem europeia que realizou com intenção de obter apoios para uma eventual ação militar na Síria em resposta ao ataque do último dia 21 de agosto em Damasco, no qual o regime sírio teria utilizado gás sarin.
Para o secretário de Estado americano, que hoje deve informar o Congresso de seu país sobre a situação síria, o objetivo de uma intervenção é fazer com que Assad "preste contas" e impedir que atrocidades desta magnitude "voltem a ocorrer".
Segundo Kerry, se não houver um ataque à Síria, o regime de Assad poderá voltar a utilizar as armas químicas contra população.