As guerreiras de Kobane, um exemplo inédito de igualdade
A cidade síria se tornou um símbolo de unidade aos curdos e um exemplo inédito de igualdade entre mulheres e homens no Oriente Médio
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 10h09.
A cidade síria de Kobane, onde a feroz resistência ao assédio do Estado Islâmico (EI) se tornou símbolo de unidade para os curdos, é um exemplo inédito de igualdade para suas mulheres, que lutam corpo a corpo com os homens em suas ruas, em um fato excepcional no Oriente Médio .
Depois de mais de 40 dias de cerco, as imagens de Kobane, e especialmente das jovens combatentes das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) defendendo sua cidade com um kalashnikov no braço e um sorriso no rosto, deram a volta ao mundo nas redes sociais.
"A resistência de Kobane mobilizou toda nossa sociedade e muitos de seus líderes, incluindo eu mesma, são mulheres. Nós que estamos na frente sabemos muito bem como o EI trata as mulheres. Esperamos que todas as mulheres do mundo nos ajudem porque lutamos pelos direitos das mulheres do mundo todo", escreveu a comandante Meysa Abdo na terça-feira passada no jornal "The New York Times".
Em artigo intitulado "Uma cidade não pode lutar sozinha contra o Estado Islâmico", Meysa, uma das duas responsáveis militares da defesa do enclave curdo, pede ao mundo "atenção e ajuda para o povo de Kobane".
Conhecida por seu nome de guerra, "Narin Afrin", a comandante, de cerca de 40 anos, é admirada e muito querida por seus milicianos, que a consideram uma líder forte, capaz de tomar decisões em qualquer circunstância, além de ressaltar sua completa entrega a seus soldados.
Outro nome de mulher vinculado a Kobane monopolizou nos últimos dias um grande interesse da mídia: se trata de "Rehana", apelido de uma combatente curda da qual se diz que conseguiu matar mais de cem milicianos do EI.
Parece que "Rehana" foi capturada recentemente pelos jihadistas, que a decapitaram e divulgaram uma foto de um de seus membros exibindo sua cabeça.
Embora alguns jornalistas da região digam que se trata de uma montagem, suas companheiras de armas já juraram vingá-la.
Trata-se de apenas dois exemplos, pois, segundo a televisão catariana "Al Jazeera", as mulheres representam pelo menos 35% (cerca de 15 mil milicianas) das forças das YPG que lutam há mais de dois anos na Síria.
E sua presença aumenta significativamente para entre 50% e 60% nas fileiras da resistência de Kobane, formadas no total por cerca de 2.000 combatentes, segundo fontes curdas.
Elas asseguram que os terroristas do EI, além de considerar as mulheres objetos sem nenhum direito, acreditam que se forem mortos por uma delas não poderão entrar no paraíso, que é o que mais desejam.
"Os jihadistas distorceram o islã. Em sua filosofia, as mulheres não têm um papel próprio na sociedade. Eles acham que se forem mortos por uma mulher irão para o inferno", explicou Dalil Derki, responsável por um batalhão feminino, à televisão russa "RT".
"Por isso, quando veem uma mulher com uma arma começam a tremer e fogem como ratos", disse uma de suas combatentes, enquanto Derki ressalta que a metade dos jihadistas na fronteira foram abatidos pelas milicianas e se mostra orgulhosa de suas tropas, que "são um exemplo para as mulheres no mundo todo".
De fato, as mulheres do Curdistão têm um longo histórico como guerreiras dentro de um povo habituado a lutar contra a opressão, em particular na Síria, Iraque, Irã e Turquia, países entre os quais se dividiu o território no final da Primeira Guerra Mundial.
Adela Kham, conhecida como "princesa valente", que governou nos anos 20 os territórios curdos entre Irã e Iraque ao redor de Halabja, e Leyla Qasim, que em 1974, com 22 anos, foi a primeira mulher executada pelo regime baathista do Iraque por seu envolvimento no movimento estudantil curdo, demonstram esse espírito de luta dessas bravas mulheres.
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 7º/0.8169
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 128º/0.9654
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 1º/ 0.6554
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 21º/0.7859
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 52º/0.9789
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 2º/0.6162
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 2º/0.8357
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 98º/0.9695
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 3º/0.5444
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 15º/0.7989
Educação (ranking/pontuação): 43º/0.9974
Capacitação política (ranking/pontuação): 100º/0.9694
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 5º/0.5005
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 12º/0.8053
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 65º/0.9741
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 7º/0.4306
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 95º/0.6347
Educação (ranking/pontuação): 33º/0.9996
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 4º/0.5439
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 25º/0.7698
Educação (ranking/pontuação): 114º/0.9289
Capacitação política (ranking/pontuação): 118º/0.9667
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 6º/0.4762
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 28º/0.7543
Educação (ranking/pontuação): 40º/0.9979
Capacitação política (ranking/pontuação): 67º/0.9739
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 8º/0.4140
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 24º/0.7780
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 17º/0.3682
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 27º/0.7577
Educação (ranking/pontuação): 73º/0.9921
Capacitação política (ranking/pontuação): 52º/0.9789
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 13º/0.3948
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 30º/0.7517
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 96º/0.9698
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 14º/0.3872
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 34º/0.7388
Educação (ranking/pontuação): 34º/ 0.9995
Capacitação política (ranking/pontuação): 67º/0.9739
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 11º/0.3998
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 16º/0.7931
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 25º/0.3038
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 57º/0.7036
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 20º/0.3520
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 1º/0.8630
Educação (ranking/pontuação): 120º/0.9013
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 30º/0.2822
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 83º/0.6473
Educação (ranking/pontuação): 85º/0.9869
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 12º/0.3969
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 17º/0.7928
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 100º/0.9694
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 42º/0.2233
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 4º/0.8276
Educação (ranking/pontuação): 4º/0.8276
Capacitação política (ranking/pontuação): 62º/0.9747
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 54º/0.1847
Participação e oportunidade econômica (ranking/pontuação): 81º/0.6491
Educação (ranking/pontuação): 1º/1.0000
Capacitação política (ranking/pontuação): 1º/0.9796
Saúde e sobrevivência (ranking/pontuação): 74º/0.1476 *O país foi incluído para efeitos de comparação.