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As armas que a Coreia do Norte pode ter

Em meio a tensões, relatório busca dimensionar qual é o real poder bélico do país

População celebra terceiro teste nuclear da Coreia do Norte em evento oficial (REUTERS/KCNA)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 06h00.

São Paulo – Nas últimas semanas, quando intensificou ameaças de guerra e de possíveis ataques contra Coreia do Sul e Estados Unidos, a Coreia do Norte vem publicando, quase que diariamente, vídeos com cenas que dariam um indicativo de seu poderio militar.
Com um país extremamente fechado, a comunidade internacional encontra dificuldades para definir, afinal, que armas ou não o país pode ter (e até que ponto as imagens do governo são reais).

Em uma tentativa de dimensionar o real tamanho do armamento de guerra da Coreia do Norte, a Nuclear Threat Initiative (NTI, organização que rastreia atividades nucleares pelo mundo) reuniu informações sobre o país de diversas fontes internacionais. A maior parte dos dados são suspeitas e projeções, com uma comprovação muito dificultada pelo nível de isolamento do país. Confira o que a NTI diz sobre as armas em poder da Coreia do Norte.

Nucleares

No final de março, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, defendeu a ampliação quantitativa e qualitativa de seu arsenal nuclear “ para fazer frente às ameaças dos Estados Unidos ”, conforme informou a agência estatal 'KCNA'.

Segundo o relatório da NTI, o interesse do país por desenvolver armas nucleares começou logo após a Segunda Guerra Mundial, quando as principais mudanças começaram no país. A partir de então, o governo teria dado início a programas de aquisição de plutônio e enriquecimento de urânio capazes de produzir fissões nucleares (reação de grande liberação de energia, como em bombas).

A Coreia do Norte já conduziu três testes com armas nucleares: em 2006, em 2009 e neste ano, embora ainda existam dúvidas sobre a existência desses experimentos.

Biológicas

Embora tenha assinado em 1987 a convenção sobre armas biológicas e tóxicas (BTWC, na sigla em inglês), existem suspeitas de que a Coreia do Norte mantenha programas para desenvolver armamento dessa característica.

As informações disponíveis sobre as armas biológicas que a Coreia do Norte pode ter também são imprecisas. Um relatório de 2010, feito pelo ministério da Defesa da vizinha Coreia do Sul, afirma que o país do norte tem agentes causadores de antrax, cólera, varíola e outras doenças.

Químicas

Para desenvolver armas químicas, a Coreia do Norte tem concentrado esforços em comprar mostarda, fosgênio, sarin e agentes químicos tipo-v, segundo o relatório. Informações internacionais dão conta de que a Coreia do Norte teria cerca de 12 locações para produzir e estocar agentes químicos, além de outros seis depósitos de armas químicas.


A Coreia do Norte também teria milhares de sistemas de artilharia para lançar armas químicas, aponta o documento.

Mísseis

Segundo o documento, a Coreia do Norte começou seu programa de desenvolvimento de mísseis nos anos 1970 e fez o primeiro teste em abril de 1984, com um míssil tipo Scud-B.

De acordo com o relatório, em seu arsenal de curta distância, a Coreia do Norte teria o míssil Scud-C, de 500 quilômetros de alcance, o Scud-D, de 700 quilômetros de alcance, e o KN-02, de 120 quilômetros de alcance.

No arsenal de distância média, a Coreia do Norte teria exemplares de um míssil chamado de Nodong, que poderia alcançar até 1.300 quilômetros, e já passou por testes. A Coreia do Norte também já apresentou em seus desfiles militares exemplares do míssil Musudan IRBM, que poderia alcançar até 4 mil quilômetros. Esse exemplar, porém, nunca passou por testes.

Sobre mísseis de longa distância, a Coreia do Norte concordou em 2012 em suspender testes com uma de suas possíveis armas em troca de comida e ajuda humanitária dos Estados Unidos. Há indícios, porém, de que o país quebrou o acordo e tentou testar um míssil de longa distância, mas sem sucesso.

A Coreia do Norte também apresentou outros misseis desconhecidos em suas paradas militares, mas ainda há dúvidas sobre a veracidade destes armamentos.

A Coreia do Norte também já realizou uma série de testes com mísseis antinavios desde 1994, afirma o relatório.

Leia também:6 coisas do dia a dia que são crime na Coreia do Norte

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Com um país extremamente fechado, a comunidade internacional encontra dificuldades para definir, afinal, que armas ou não o país pode ter (e até que ponto as imagens do governo são reais).

Em uma tentativa de dimensionar o real tamanho do armamento de guerra da Coreia do Norte, a Nuclear Threat Initiative (NTI, organização que rastreia atividades nucleares pelo mundo) reuniu informações sobre o país de diversas fontes internacionais. A maior parte dos dados são suspeitas e projeções, com uma comprovação muito dificultada pelo nível de isolamento do país. Confira o que a NTI diz sobre as armas em poder da Coreia do Norte.

Nucleares

No final de março, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, defendeu a ampliação quantitativa e qualitativa de seu arsenal nuclear “ para fazer frente às ameaças dos Estados Unidos ”, conforme informou a agência estatal 'KCNA'.

Segundo o relatório da NTI, o interesse do país por desenvolver armas nucleares começou logo após a Segunda Guerra Mundial, quando as principais mudanças começaram no país. A partir de então, o governo teria dado início a programas de aquisição de plutônio e enriquecimento de urânio capazes de produzir fissões nucleares (reação de grande liberação de energia, como em bombas).

A Coreia do Norte já conduziu três testes com armas nucleares: em 2006, em 2009 e neste ano, embora ainda existam dúvidas sobre a existência desses experimentos.

Biológicas

Embora tenha assinado em 1987 a convenção sobre armas biológicas e tóxicas (BTWC, na sigla em inglês), existem suspeitas de que a Coreia do Norte mantenha programas para desenvolver armamento dessa característica.

As informações disponíveis sobre as armas biológicas que a Coreia do Norte pode ter também são imprecisas. Um relatório de 2010, feito pelo ministério da Defesa da vizinha Coreia do Sul, afirma que o país do norte tem agentes causadores de antrax, cólera, varíola e outras doenças.

Químicas

Para desenvolver armas químicas, a Coreia do Norte tem concentrado esforços em comprar mostarda, fosgênio, sarin e agentes químicos tipo-v, segundo o relatório. Informações internacionais dão conta de que a Coreia do Norte teria cerca de 12 locações para produzir e estocar agentes químicos, além de outros seis depósitos de armas químicas.


A Coreia do Norte também teria milhares de sistemas de artilharia para lançar armas químicas, aponta o documento.

Mísseis

Segundo o documento, a Coreia do Norte começou seu programa de desenvolvimento de mísseis nos anos 1970 e fez o primeiro teste em abril de 1984, com um míssil tipo Scud-B.

De acordo com o relatório, em seu arsenal de curta distância, a Coreia do Norte teria o míssil Scud-C, de 500 quilômetros de alcance, o Scud-D, de 700 quilômetros de alcance, e o KN-02, de 120 quilômetros de alcance.

No arsenal de distância média, a Coreia do Norte teria exemplares de um míssil chamado de Nodong, que poderia alcançar até 1.300 quilômetros, e já passou por testes. A Coreia do Norte também já apresentou em seus desfiles militares exemplares do míssil Musudan IRBM, que poderia alcançar até 4 mil quilômetros. Esse exemplar, porém, nunca passou por testes.

Sobre mísseis de longa distância, a Coreia do Norte concordou em 2012 em suspender testes com uma de suas possíveis armas em troca de comida e ajuda humanitária dos Estados Unidos. Há indícios, porém, de que o país quebrou o acordo e tentou testar um míssil de longa distância, mas sem sucesso.

A Coreia do Norte também apresentou outros misseis desconhecidos em suas paradas militares, mas ainda há dúvidas sobre a veracidade destes armamentos.

A Coreia do Norte também já realizou uma série de testes com mísseis antinavios desde 1994, afirma o relatório.

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