Argentina se baseia em Hong Kong para reintegrar Malvinas
"A invasão das Malvinas pelo Reino Unido aconteceu em 1833 e, a de Hong Kong, em 1838, cinco anos depois", lembrou o ministro da Defesa argentino, Arturo Puricelli
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 13h26.
Pequim - A Argentina quer seguir o caminho que a China traçou em 1999, quando recuperou a ilha de Hong Kong, invadida pelo Reino Unido em 1838, para aplicar o mesmo com as Ilhas Malvinas, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa argentino, Arturo Puricelli, em visita ao país asiático.
"A invasão das Malvinas pelo Reino Unido aconteceu em 1833 e, a de Hong Kong, em 1838, cinco anos depois", lembrou. "A China conseguiu recuperar Hong Kong em 1999 pela via diplomática. Nós queremos seguir esse caminho para recuperar nossas Malvinas", afirmou Purecilli em entrevista coletiva nesta quarta-feira na embaixada argentina em Pequim.
O ministro, que está no país asiático para fomentar a cooperação entre os dois países em matéria de defesa, agradeceu a seu colega chinês, Liang Guanglie, com quem se reuniu ontem, e ao vice-presidente da Comissão Militar Central da China, Guo Boxiong, o apoio dado à Argentina na causa das Malvinas.
"Esperamos que continuem nos acompanhando diplomaticamente como vêm fazendo até agora", disse Puricelli, que expôs suas expectativas de que a cooperação e integração em defesa de ambos os países deem frutos com o tempo e possibilitem que a Argentina adquira tecnologia que lhe proporcione autonomia em seu sistema de defesa.
O político argentino, que visitará, além da capital chinesa, Xangai, apontou diversas semelhanças pelas quais, em sua opinião, existe um bom entendimento entre Pequim e Buenos Aires: a "necessidade" de garantir às nações a integridade territorial e de serem países "pacíficos" que "nunca invadiram" nenhum país.
Essa necessidade expressa se materializaria, no caso da Argentina, com a integração das ilhas Malvinas, South Sandwich, South Georgia e dos territórios marítimos ao redor, e, no caso chinês, com a "unidade definitiva" de sua república popular com a ilha de Taiwan, explicou o ministro da Defesa.
À imagem e semelhança do apoio mostrado das autoridades comunistas à Argentina, Puricelli também expôs o incentivo de Cristina Kirchner à China no caso de Taiwan.
O Comitê de Descolonização da ONU convocou Argentina e Reino Unido a iniciar negociações a fim de encontrar uma solução pacífica, justa e duradoura sobre o conflito das Ilhas Malvinas no mês passado, quando se completaram 30 anos do fim da guerra entre os dois países que disputam a soberania do arquipélago.
Enquanto Londres defende sua soberania com base no princípio de autodeterminação, a Argentina qualifica como "anacronismo" continuar havendo "colônias" no mundo.
Em 2013, as Malvinas realizarão um referendo para que os insulanos definam sua preferência. A respeito da ideia, o ministro de Defesa argentino manifestou sua oposição em repetidas ocasiões, já que, em sua opinião, "seria como se perguntassem aos habitantes da Patagônia se querem continuar sendo argentinos".
Pequim - A Argentina quer seguir o caminho que a China traçou em 1999, quando recuperou a ilha de Hong Kong, invadida pelo Reino Unido em 1838, para aplicar o mesmo com as Ilhas Malvinas, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa argentino, Arturo Puricelli, em visita ao país asiático.
"A invasão das Malvinas pelo Reino Unido aconteceu em 1833 e, a de Hong Kong, em 1838, cinco anos depois", lembrou. "A China conseguiu recuperar Hong Kong em 1999 pela via diplomática. Nós queremos seguir esse caminho para recuperar nossas Malvinas", afirmou Purecilli em entrevista coletiva nesta quarta-feira na embaixada argentina em Pequim.
O ministro, que está no país asiático para fomentar a cooperação entre os dois países em matéria de defesa, agradeceu a seu colega chinês, Liang Guanglie, com quem se reuniu ontem, e ao vice-presidente da Comissão Militar Central da China, Guo Boxiong, o apoio dado à Argentina na causa das Malvinas.
"Esperamos que continuem nos acompanhando diplomaticamente como vêm fazendo até agora", disse Puricelli, que expôs suas expectativas de que a cooperação e integração em defesa de ambos os países deem frutos com o tempo e possibilitem que a Argentina adquira tecnologia que lhe proporcione autonomia em seu sistema de defesa.
O político argentino, que visitará, além da capital chinesa, Xangai, apontou diversas semelhanças pelas quais, em sua opinião, existe um bom entendimento entre Pequim e Buenos Aires: a "necessidade" de garantir às nações a integridade territorial e de serem países "pacíficos" que "nunca invadiram" nenhum país.
Essa necessidade expressa se materializaria, no caso da Argentina, com a integração das ilhas Malvinas, South Sandwich, South Georgia e dos territórios marítimos ao redor, e, no caso chinês, com a "unidade definitiva" de sua república popular com a ilha de Taiwan, explicou o ministro da Defesa.
À imagem e semelhança do apoio mostrado das autoridades comunistas à Argentina, Puricelli também expôs o incentivo de Cristina Kirchner à China no caso de Taiwan.
O Comitê de Descolonização da ONU convocou Argentina e Reino Unido a iniciar negociações a fim de encontrar uma solução pacífica, justa e duradoura sobre o conflito das Ilhas Malvinas no mês passado, quando se completaram 30 anos do fim da guerra entre os dois países que disputam a soberania do arquipélago.
Enquanto Londres defende sua soberania com base no princípio de autodeterminação, a Argentina qualifica como "anacronismo" continuar havendo "colônias" no mundo.
Em 2013, as Malvinas realizarão um referendo para que os insulanos definam sua preferência. A respeito da ideia, o ministro de Defesa argentino manifestou sua oposição em repetidas ocasiões, já que, em sua opinião, "seria como se perguntassem aos habitantes da Patagônia se querem continuar sendo argentinos".