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Argentina reduz de 10 para 7 dias o isolamento por covid para vacinados

A medida foi adotada em meio a um forte aumento dos casos positivos de covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante ômicron ao país sul-americano

Laboratório da Sinergium Biotech que produzirá vacinas de RNAm contra a covid-19 para a América Latina, em Garin, província de Buenos Aires na Argentina. (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 18h01.

Última atualização em 29 de dezembro de 2021 às 18h55.

A Argentina reduzirá de dez para sete dias o prazo do isolamento obrigatório para pessoas infectadas com a covid-19 com o esquema vacinal completo, informou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, nesta quarta-feira, 29.

A medida foi adotada em meio a um forte aumento dos casos positivos de covid-19 desde o início de dezembro, com a chegada da variante ômicron ao país sul-americano e sem que o governo contemple até agora aplicar medidas sanitárias restritivas.

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"A Argentina está entrando neste momento na terceira onda. Os casos estão aumentando, mas isso não está se traduzindo em mais hospitalizações e mortes", destacou Vizzotti.

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"A dinâmica de transmissão mudou com a variante ômicron. Há um aumento exponencial de casos, mas isso não provoca um aumento das internações ou da mortalidade", indicou.

Na terça-feira, o país registrou 33.902 novos casos de covid-19, ante os pouco mais de 5.000 reportados no final de novembro.

De acordo com as novas disposições, as pessoas que apresentarem resultados positivos de covid e que possuírem o esquema vacinal completo deverão permanecer sete dias isoladas. Já para as vacinadas que forem contatos próximos de um infectado, mas não apresentarem sintomas, o período será de cinco dias.

A ministra explicou que no contexto atual "a preocupação não é tanto o sistema de saúde, como foi antes, mas que haja um impacto econômico pelos isolamentos".

O prazo da quarentena obrigatória será mantido em dez dias para infectados e contatos próximos que não possuírem as duas doses da vacina. Essas pessoas também deverão realizar um teste de PCR no final.

"As vacinas estão salvando vidas, estão mostrando o papel que têm, independentemente de termos um número significativo de casos", destacou a ministra.

Há um ano, a Argentina começou sua campanha de vacinação contra a covid-19. Até agora, 73% de seus 44 milhões de habitantes completaram o esquema. Desses, 10% receberam uma terceira dose de reforço.

Nesta quarta-feira, o cruzeiro Viking Jupiter foi autorizado a atracar no Porto de Ushuaia (sul), no qual viajam alguns passageiros infectados com covid que ficaram dentro da nave. No início de dezembro, o cruzeiro Hamburg foi isolado temporariamente em alto-mar, devido ao receio de que houvesse algum caso da variante ômicron a bordo.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registra 5,5 milhões de infectados e mais de 117.000 mortes.

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