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Argentina recua e abranda restrição a alimento importado

O primeiro revés veio neste fim de semana, com a liberação de seis caminhões provenientes do Brasil

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: governo dos hermanos começou a flexibilizar a medida de restringir a entrada de alimentos. (.)

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: governo dos hermanos começou a flexibilizar a medida de restringir a entrada de alimentos. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Buenos Aires - Pressionado interna e externamente, o governo da presidente Cristina Kirchner começou gradualmente a flexibilizar a medida de restringir a entrada de alimentos não frescos que façam concorrência com similares argentinos.

A polêmica ordem para a aplicação da proibição - emitida há duas semanas pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, famoso por seu estilo truculento, e que entraria em vigência dia 1 de junho - teve seu primeiro revés neste fim de semana, com a liberação de seis caminhões provenientes do Brasil carregados com milho em lata, frango e produtos elaborados com carne suína na alfândega de Paso de los Libres, na fronteira com a brasileira Uruguaiana (RS). Os caminhões ficaram três dias retidos na fronteira dos dois países.

Além de ser um sinal de apaziguamento para o Brasil - que havia indicado a possibilidade de retaliações contra a Argentina -, o leve recuo também pretende acalmar a tensão crescente com a União Europeia (UE). Na quinta-feira, a delegação da UE em Buenos Aires emitiu um protesto enfático contra a ordem verbal de Moreno. Embaixadores europeus indicaram que seus governos poderiam adotar retaliações contra produtos argentinos.

Para a União Europeia, "tais restrições, se forem concretizadas, seriam incompatíveis com as normas da OMC (Organização Mundial do Comércio) e com os compromissos assumidos pela Argentina no marco do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo)." Os governos de outros sócios do Mercosul - Paraguai e Uruguai - também protestaram contra a medida controvertida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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