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Argentina considera 'interessante' possível cúpula latino-americana sobre a Venezuela

Após a eleição venezuelana, o governo argentino considerou que o resultado oferecido pelo CNE foi uma fraude

Argentina's President Javier Miei delivers a speech during the International Economic Forum of the Americas (IEFA) in Buenos Aires on March 26, 2024. (Photo by Juan MABROMATA / AFP) (Juan MABROMATA/AFP Photo)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 14h47.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 15h43.

O governo da Argentina considera "interessante" a possível realização de uma cúpula latino-americana sobre a situação na Venezuela após as eleições de 28 de julho, indicou nesta terça-feira o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

Em sua habitual entrevista coletiva na Casa Rosada (sede do governo argentino), o porta-voz destacou que “é algo que pode acontecer com calma, mas não foi combinado nem descartado”, embora tenha dito que “seria interessante que isso acontecesse".

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Assim como parte da comunidade internacional, a Argentina considerou que o resultado oferecido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou vencedor o atual presidente, Nicolás Maduro, foi uma fraude.

No entanto, após sua ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, ter declarado Edmundo González Urrutia o "vencedor legítimo e presidente eleito" em uma mensagem publicada nas suas redes sociais, a Chancelaria divulgou um comunicado no qual observou que o governo “acompanha os acontecimentos na Venezuela com extrema atenção e preocupação para fazer uma declaração definitiva”.

“Não estamos em condições de proclamar qualquer vencedor porque esperamos ter todos os elementos necessários para poder fazê-lo. Não podemos sair e dizer o que nos vem à cabeça”, disse o porta-voz na entrevista coletiva de hoje, na qual ele pediu "muita cautela".

“Temos requerentes de asilo lá, agora sob custódia de outros países, e temos de ter muito cuidado, independentemente do que consideramos ter acontecido na Venezuela ”, acrescentou Adorni.

Com isto, se referiu à presença de seis opositores ao governo de Maduro, instalados desde março na residência da embaixada argentina e que, depois da saída dos diplomatas argentinos da Venezuela expulsos pelo governo local, ficaram sob custódia do Brasil.

O governo da Venezuela informou ontem sobre um acordo com o Brasil para “a custódia das instalações das missões diplomáticas” de Argentina e Peru, incluindo “seus bens e arquivos, bem como a representação de seus interesses e de seus nacionais no território venezuelano" sejam assumidos pela embaixada brasileira em Caracas.

Isto, acrescentou Caracas, é gerido “de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963”.

O governo de Maduro , que não explica as razões pelas quais o Brasil assume estas responsabilidades, emitiu este comunicado uma semana depois de ter exigido que ambos os países, bem como Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai, a retirada “imediatamente” de seus representantes na Venezuela, em rejeição às suas declarações "interferentes" sobre as eleições presidenciais de 28 de julho.

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