Campanha pede libertação de mulher presa por dirigir na Arábia Saudita
Intelectuais pediram ao governo que soltem Manal Al Sharif; manifestações também estão no Facebook
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2011 às 17h14.
Jidá, Arábia Saudita - Uma campanha pela liberação da mulher presa por transgredir a proibição de dirigir ganhou força nesta terça-feira na Arábia Saudita, dia em que uma segunda motorista foi detida por cometer o mesmo ato.
Um vídeo postado no YouTube mostra o pedido de intelectuais em apoio a Manal Al Sharif, detida no sábado por trafegar com seu veículo em Jobar, leste do país.
A ação, assinada por 315 intelectuais, é dirigida ao rei Abdala, e exige a liberdade da ténica de segurança em informática de 32 anos sob o argumento de que "está mais do que na hora de se tomar uma clara decisão sobre a questão do direito das mulheres de dirigir".
Também na internet, uma página do Facebook traz mais de 14 mil mensagens de apoio a Al Sharif.
"Manal não quis agredir ninguém. Ela só quis mostrar que era possível para uma mulher dirigir na Arábia Saudita", afirmou à AFP a escritora e militante feminista Wajiha Hweider, que passeou de carro com a acusada na quinta-feira, quando foi gravado o vídeo postado na internet.
De acordo com Hweider, a experiência foi tão positiva para Al Sharif que ela decidiu repetir a façanha, desta vez acompanhada do irmão, no sábado, quando foi detida, o que levanta suspeitas de que a jovem estivesse sendo vigiada.
"Manal é divorciada e mãe de um menino de cinco anos", indicou a escritora, para mostrar as dificuldades enfrentadas pela amiga - que, por não ter um marido, não pode circular de carro.
Hweider, no entanto, considera que a campanha de solidariedade a Al Sharif - cuja ação se deveu ao manifesto de um grupo de militantes para que as mulheres assumissem o volante em 17 de junho - não se transformará em um movimento global de contestação contra o regime saudita.
"Não existe uma verdadeira sociedade civil na Arábia Saudita para repetir uma revolta como as que ocorreram na Tunísia ou no Egito", lamentou a escritora.
Em um comunicado, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch insistiu que o rei Abdala ordene a libertação de Manal Al Sharif e coloque fim a esta medida no país, "o único que proíbe as mulheres de dirigir".
O jornal Al Watan informou nesta terça-feira que uma outra mulher, de 37 anos, também foi presa por dirigir na cidade de Al Ras, a 400 quilômetros da capital Riad, na província conservadora de Al Qasim. No entanto, a acusada foi solta poucas horas depois.
Jidá, Arábia Saudita - Uma campanha pela liberação da mulher presa por transgredir a proibição de dirigir ganhou força nesta terça-feira na Arábia Saudita, dia em que uma segunda motorista foi detida por cometer o mesmo ato.
Um vídeo postado no YouTube mostra o pedido de intelectuais em apoio a Manal Al Sharif, detida no sábado por trafegar com seu veículo em Jobar, leste do país.
A ação, assinada por 315 intelectuais, é dirigida ao rei Abdala, e exige a liberdade da ténica de segurança em informática de 32 anos sob o argumento de que "está mais do que na hora de se tomar uma clara decisão sobre a questão do direito das mulheres de dirigir".
Também na internet, uma página do Facebook traz mais de 14 mil mensagens de apoio a Al Sharif.
"Manal não quis agredir ninguém. Ela só quis mostrar que era possível para uma mulher dirigir na Arábia Saudita", afirmou à AFP a escritora e militante feminista Wajiha Hweider, que passeou de carro com a acusada na quinta-feira, quando foi gravado o vídeo postado na internet.
De acordo com Hweider, a experiência foi tão positiva para Al Sharif que ela decidiu repetir a façanha, desta vez acompanhada do irmão, no sábado, quando foi detida, o que levanta suspeitas de que a jovem estivesse sendo vigiada.
"Manal é divorciada e mãe de um menino de cinco anos", indicou a escritora, para mostrar as dificuldades enfrentadas pela amiga - que, por não ter um marido, não pode circular de carro.
Hweider, no entanto, considera que a campanha de solidariedade a Al Sharif - cuja ação se deveu ao manifesto de um grupo de militantes para que as mulheres assumissem o volante em 17 de junho - não se transformará em um movimento global de contestação contra o regime saudita.
"Não existe uma verdadeira sociedade civil na Arábia Saudita para repetir uma revolta como as que ocorreram na Tunísia ou no Egito", lamentou a escritora.
Em um comunicado, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch insistiu que o rei Abdala ordene a libertação de Manal Al Sharif e coloque fim a esta medida no país, "o único que proíbe as mulheres de dirigir".
O jornal Al Watan informou nesta terça-feira que uma outra mulher, de 37 anos, também foi presa por dirigir na cidade de Al Ras, a 400 quilômetros da capital Riad, na província conservadora de Al Qasim. No entanto, a acusada foi solta poucas horas depois.