Protesto da Irmandade Muçulmana no Egito: grupo virou alvo de muitas nações do Golfo desde o golpe militar de 3 de julho, que depôs no Egito Mohamed Mursi (Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 17h07.
Riad - A Arábia Saudita qualificou a Irmandade Muçulmana, organizações ligadas à Al Qaeda e outros como grupos terroristas, alertando que pessoas que se juntarem a eles ou apoiá-los podem enfrentar de cinco a 30 anos de prisão.
O Ministério do Interior saudita disse, em nota, que o rei Abdullah aprovou as conclusões de uma comissão encarregada de identificar grupos extremistas referidos em decreto real no mês passado.
O decreto prevê punições para aqueles que lutarem em conflitos fora do reino, se juntarem ou apoiarem grupos extremistas. O decreto do rei ocorre na sequência de uma nova lei antiterrorismo que mira virtualmente qualquer movimento crítico ao governo.
A Irmandade Muçulmana virou alvo de muitas nações do Golfo desde o golpe militar de 3 de julho, que depôs no Egito o presidente Mohamed Mursi, ele mesmo um membro do grupo.
A Arábia Saudita baniu livros da irmandade da feira do livro de Riad e retirou seu embaixador do Qatar, país que apoia o grupo.
O comunicado, divulgado nesta sexta-feira pela agência estatal Imprensa Saudita, apontou os outros grupos terroristas banidos como braços da Al-Qaeda no Iêmen e no Iraque, o Fonte Nusra sírio, o libanês Hezbollah e o grupo xiita do Iêmen Hawthis.
A lei se aplicará a todos os grupos e organizações identificadas pelo Conselho de Segurança da ONU ou órgãos internacionais como terroristas ou grupos violentos.
Também prevê punições a qualquer cidadão saudita ou estrangeiro residindo no reino por propagar o ateísmo ou prometer lealdade a alguém que não seja os líderes do reino. Fonte: Associated Press.