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Após;perder valor ante euro, dólar pode cair frente às moedas asiáticas

Com as economias da região em crescimento sustentado, câmbio apreciado ajuda a domar a inflação e adiar altas de juros

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O euro pode estar se aproximando de seu pico frente ao dólar, e por isso o mercado de câmbio já olha com maior interesse as oportunidades ao leste. A Ásia, afirma reportagem desta quinta-feira (6/1) do americano The Wall Street Journal, reúne as condições certas para ser a vedete do ano, segundo estrategistas consultados pelo diário. A região emplaca os maiores superávits comerciais frente aos Estados Unidos, as economias da maioria de seus países continuam crescendo rapidamente e as bolsas de valores atraem capital estrangeiro. Ainda assim, a apreciação cambial das moedas locais tem sido relativamente modesta.

O iene japonês valorizou 28% ante o dólar em três anos, metade do que o euro ganhou no mesmo período. Outras moedas importantes da região foram apreciadas em apenas 10% a 15%. O jornal nota que em grande medida tem sido assim porque os governos locais preferem manter seus exportadores competitivos, e não descartaram intervenções cambiais para assegurar isso.

Alguns analistas, porém, acham que em 2005 as coisas podem ser um pouco diferentes. "Esse ano pode ser muito mais um episódio asiático do que europeu", diz ao The Wall Street Journal Rebecca Patterson, estrategista de câmbio do JP Morgan Chase. Clyde Wardle, analista do HSBC nos Estados Unidos, considera que está em curso uma ampliação de tolerância por parte dos países asiáticos à valorização de suas moedas. Com as economias em crescimento sustentado, o câmbio apreciado ajuda a domar a inflação e adiar altas de juros.

Só o Japão pode jogar água na fervura, se realmente decidir pela intervenção para enfraquecer o iene e salvar suas vendas para o exterior. Se o banco central japonês enveredar por esse caminho, aos vizinhos não restará outro caminho senão acompanhá-lo, para manter suas prórias exportações competitivas.

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