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Após escândalo de corrupção, Infantino diz que crise acabou

Ele fez a declaração durante o Congresso da Fifa, no qual concedeu a si mesmo superpoderes e praticamente acabou com a independências das investigações internas


	Gianni Infantino: "Ninguém pode mudar o passado, mas eu posso dar forma ao futuro. A Fifa está de volta aos trilhos"
 (Henry Romero / Reuters)

Gianni Infantino: "Ninguém pode mudar o passado, mas eu posso dar forma ao futuro. A Fifa está de volta aos trilhos" (Henry Romero / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2016 às 19h44.

Cidade do México - Perto de completar um ano do maior escândalo da história da Fifa, o novo presidente da entidade, o suíço Gianni Infantino, afirmou nesta sexta-feira que "a crise acabou".

Ele fez a declaração durante o Congresso da Fifa, na Cidade do México, no qual concedeu a si mesmo superpoderes e praticamente acabou com a independências das investigações internas da entidade.

"Ninguém pode mudar o passado, mas eu posso dar forma ao futuro. A Fifa está de volta aos trilhos. Então, eu posso informar oficialmente aqui que a crise acabou", afirmou Infantino, em seu primeiro Congresso como presidente da Fifa, em substituição ao compatriota Joseph Blatter.

O ex-presidente já declarara em dezembro que a crise havia sido interrompida.

A crise teve início no dia 27 de maio do ano passado, quando autoridades suíças, em parceria com funcionários do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, prenderam sete cartolas da Fifa num hotel de Zurique. Entre eles estava o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

O grupo, que estava na Suíça para a eleição presidencial da Fifa, foi indiciado sob diversas acusações, entre elas corrupção e lavagem de dinheiro.

Os dirigentes teriam recebido propina de empresas de marketing esportivo para favorecê-las em contratos de transmissão de competições, como Copa América e Copa do Brasil.

As prisões abriram forte crise dentro da cúpula da Fifa. A situação piorou quando Blatter e o francês Michel Platini, ex-presidente da Uefa, foram suspensos pelo Comitê de Ética da própria entidade por causa de um pagamento suspeito do suíço para o francês em 2011.

Em dezembro, novas prisões de dirigentes foram feitas, na esteira do escândalo desvendado em maio.

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