Após ataque, paradeiro de presidente do Iêmen é desconhecido
Segundo a emissora de televisão Al Arabiya, Ali Abdullah Saleh foi para a Arábia Saudita após ataque a seu complexo, mas fontes negam a fuga
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2011 às 11h09.
Sanaa - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, ferido em um ataque ao seu complexo, foi para a Arábia Saudita, segundo a emissora de televisão Al Arabiya, mas uma autoridade iemenita e uma fonte saudita negaram a fuga.
Uma eventual saída de Saleh do país tornaria muito difícil para ele a tarefa de retornar ao local, onde ele tenta superar quatro meses de protestos contra o seu governo, que levaram o empobrecido país da Península Arábica à beira de uma guerra civil.
A emissora de televisão estatal iemenita afirmou que seis autoridades, incluindo o primeiro-ministro e os presidentes de ambas as esferas do Parlamento seguiram para a Arábia Saudita para tratamento.
Potências mundiais e locais, incluindo a Arábia Saudita, pressionavam o presidente a assinar um acordo para deixar o poder. Sair do país, mesmo que para tratamento médico, poderia ser visto como o primeiro passo para transferir a liderança.
Há crescentes preocupações de que o Iêmen, que já está praticamente arruinado financeiramente e abriga militantes da Al Qaeda, torne-se um Estado falido, virando uma ameaça à região que mais exporta petróleo no mundo e à segurança global.
Moradores de Sanaa enfrentam novos temores, após combates envolvendo uma poderosa federação tribal e as forças de Saleh terem se espalhado na sexta-feira por outras regiões de uma cidade já dividida, causando um novo êxodo de civis temerosos com uma guerra.
"Saleh ainda está em Sanaa," afirmou à Reuters uma autoridade iemenita. "Ele sofreu pequenos ferimentos na cabeça e acredito que também no rosto."
Quase 200 pessoas foram mortas nas últimas duas semanas em batalhas urbanas com metralhadoras, morteiros e lançadores de granadas, fazendo o aeroporto de Sanaa interromper brevemente os voos em duas oportunidades, além de ter causado o fechamento do comércio.
Explosões intermitentes e tiroteios esporádicos marcaram as primeiras horas do dia em Sanaa. Ao amanhecer, as estradas estavam abarrotadas de civis fugindo da violência que dominou grande parte da cidade.
"As balas estão por todos os lados, explosões nos amedrontam. Não dá mais para ficar," afirmou Ali Ahmed, um morador local.
Na sexta-feira, várias autoridades iemenitas ficaram feridas e sete morreram quando bombardeios atingiram uma mesquita no palácio presidencial, informou a imprensa estatal. As forças de Saleh retaliaram, atacando casas de líderes da federação tribal Hashed, que trava uma batalha urbana para derrubar o presidente.
Sanaa - O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, ferido em um ataque ao seu complexo, foi para a Arábia Saudita, segundo a emissora de televisão Al Arabiya, mas uma autoridade iemenita e uma fonte saudita negaram a fuga.
Uma eventual saída de Saleh do país tornaria muito difícil para ele a tarefa de retornar ao local, onde ele tenta superar quatro meses de protestos contra o seu governo, que levaram o empobrecido país da Península Arábica à beira de uma guerra civil.
A emissora de televisão estatal iemenita afirmou que seis autoridades, incluindo o primeiro-ministro e os presidentes de ambas as esferas do Parlamento seguiram para a Arábia Saudita para tratamento.
Potências mundiais e locais, incluindo a Arábia Saudita, pressionavam o presidente a assinar um acordo para deixar o poder. Sair do país, mesmo que para tratamento médico, poderia ser visto como o primeiro passo para transferir a liderança.
Há crescentes preocupações de que o Iêmen, que já está praticamente arruinado financeiramente e abriga militantes da Al Qaeda, torne-se um Estado falido, virando uma ameaça à região que mais exporta petróleo no mundo e à segurança global.
Moradores de Sanaa enfrentam novos temores, após combates envolvendo uma poderosa federação tribal e as forças de Saleh terem se espalhado na sexta-feira por outras regiões de uma cidade já dividida, causando um novo êxodo de civis temerosos com uma guerra.
"Saleh ainda está em Sanaa," afirmou à Reuters uma autoridade iemenita. "Ele sofreu pequenos ferimentos na cabeça e acredito que também no rosto."
Quase 200 pessoas foram mortas nas últimas duas semanas em batalhas urbanas com metralhadoras, morteiros e lançadores de granadas, fazendo o aeroporto de Sanaa interromper brevemente os voos em duas oportunidades, além de ter causado o fechamento do comércio.
Explosões intermitentes e tiroteios esporádicos marcaram as primeiras horas do dia em Sanaa. Ao amanhecer, as estradas estavam abarrotadas de civis fugindo da violência que dominou grande parte da cidade.
"As balas estão por todos os lados, explosões nos amedrontam. Não dá mais para ficar," afirmou Ali Ahmed, um morador local.
Na sexta-feira, várias autoridades iemenitas ficaram feridas e sete morreram quando bombardeios atingiram uma mesquita no palácio presidencial, informou a imprensa estatal. As forças de Saleh retaliaram, atacando casas de líderes da federação tribal Hashed, que trava uma batalha urbana para derrubar o presidente.